
Com a queda da república de Nagorno Karabakh, mais uma vez as forças políticas mundiais, movidas por interesses econômicos, por mesquinharias “nacionalistas” ou por uma tendência metafísica ao mal, abandonaram um grupo de cristãos nas mãos de muçulmanos sunitas ensandecidos. Na guerra anterior, que aconteceu no meio da pandemia, barbaridades sem fim foram cometidas (tenho vídeos de algumas decapitações de idosos, por exemplo), quantas não serão agora? Rússia, EUA, UE, Israel, Turquia, Paquistão estão envolvidos diretamente nesse desastre, com traições de todos os lados, com “dois pesos e duas medidas” tornando cada discurso mais um pecado contra a verdade; a Armênia (o governo), ajoelhada perante o medo, agiu como Pilatos, assistindo de longe o fim de 2.000 anos de história contínua. E é a atitude dela que mais me chamou a atenção, em termos geopolíticos, pois seus erros recentes: inclinação para o liberalismo ocidental, revolução colorida (com o consequente divisionismo interno), desinvestimento nas forças armadas e a confiança excessiva em alianças externas, parecem uma sombra que se espalha pelo nosso país, em especial após a escolha que as urnas eletrônicas fizeram. Só um movimento patriota, fiel às raízes do país (em tempos de uso de bandeiras estrangeiras em manifestações que se dizem patriotas, esse reforço se faz necessário), pode ser uma barreira ao desastre que se prenuncia!