Muitos anos atrás, nos saudosos tempos do Orkut, surgiu uma pergunta na comunidade que eu moderava e que depois acabou levando a muitas brincadeiras: qual era a língua de Adão? Vamos falar como ele após o Juízo Universal? Ou vamos falar em latim, ou esperanto (rsrsrs)? Foi com surpresa, então, que assisti o seguinte vídeo, do ótimo Omar Mansour, tratando de uma maneira séria e erudita sobre essa questão:
Tratado com bastante frequência como um “mártir da ciência” pelos currículos escolares, o físico italiano do século XVII Galileu Galilei beneficiou-se em grande medida da benevolência da Igreja Católica em seu célebre julgamento, jamais tendo abandonado a fé cristã, muito menos contestado a autoridade de Roma.
Do mesmo modo, acusado de “pitagorismo”, “platonismo” e uma série de outras coisas inverossímeis por seus detratores modernos, parece que a figura de Galileu continua a despertar paixões violentas e a movimentar a fúria ideológica com que, hoje em dia, todo “debate” costuma ser praticado.
Sobre esse último ponto, também há no vídeo uma crítica à controvérsia que nasceu entre conspiracionistas da internet, passou ao meio neopentecostal e agora cresce entre as “seitas sedevacantistas católicas”, e que se refere ao formato da Terra (!!!!! – para quem quiser responder aos loucos, aqui vai um livro de mais de 700 páginas tratando do tema) e ao heliocentrismo, como se a perda de um simbolismo antigo fosse resultado de alguma trama maléfica e como se das descobertas modernas novas simbologias não possam ser tiradas.
Leituras selecionadas (01/2023)
Russia and the United States: Same Error
Como a crítica ao cesaropapispo da seita “Igreja Ortodoxa Russa” deve nos levar a ver o mesmo fenômeno se repetir, no sentido de transformar os interesses do Estado em medida dos valores e da realidade, onde ocorreu a separação Estado-Igreja.
Instituto progressista avalia as últimas disposições de Francisco sobre a Opus Dei.
Opus Dei: pioneiro no Falso Ecumenismo
Uma verdade inconveniente. (#OpusDei)
New Album of Rare Sacred Música from TLM Choir
O lançamento de um álbum musical que recupera raras músicas da Renascença.
A unidade em torno do rito paulino consiste nele não ser a liturgia tradicional.
Indo além dos estereótipos dos “progressistas”.
O pelagianismo e o quietismo como tendências constantes a serem combatidas.
Texto de Gustavo Corção em que ele mostra como a democracia, de simples sistema de governo, passou a ser um ideal supremo. “E quando Hitler praticava com satânica crueldade algum feito de genocídio, a consciência ocidental via naquele horror não uma ofensa a Deus e ao próximo, mas um monstruoso ato antidemocrático.”
Mythbusting: “African Catholicism is a Vatican II Success Story”
Revisando o mito de que o crescimento da Igreja na África é um sinal de sucesso do Vaticano II.
A New Catholic Faith for Children to Abandon
O impacto do catolicismo aggiornado na fé das futuras gerações em comparação com o que ocorria no passado. O que estamos passando a frente?
Historical Considerations on the Moscow Patriarchate
Roberto de Mattei explica a origem do Patriarcado de Moscou como algo que nasceu da vontade política e da insistência em erros teológicos. Por isso mesmo, ele nunca será uma alternativa nos tempos de crise eclesiástica em que vivemos.
O dever cristão de lutar
O Prof. Antonio Caponnetto é professor da Universidad Nacional de Buenos Aires e autor de inúmeros livros publicados em espanhol. Quando jovem, presenciou ao vivo o martírio de Bruno Genta no dia de Cristo Rei por uma guerrilha marxista. Nesta aula magna (em espanhol), o Prof. Caponnetto disserta sobre o tema de um dos seus mais importantes livros “El deber cristiano de la lucha”.
Curso sobre a revolução francesa
Curso sobre a Revolução Francesa (ministrado pelo Professor Omar Mansour), um tema sobre o qual todo católico deve se inteirar, já que ela marcou, de modo talvez irreversível, o processo de rejeição da cristandade pelos europeus e provocou inúmeras perseguições à Igreja:

Apresento aos leitores, como todos os anos, o Ordo dominical do rito romano tradicional, cuja autoria é de Karlos Guedes:
