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Política

A instalação do “terror”

A publicação do vídeo tem relação apenas com sua reflexão diretamente política, não com a digressão histórica e teológica errada a que o autor faz referência num certo trecho.

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Brasil profundo História

Conversa rápida sobre as monções bandeirantes

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Política

Os entendedores entenderão

O incêndio do Reichstag

Qualquer ato de violência física, em política, é apenas propaganda, preparando jogadas de poder mais decisivas. Para saber quem o planejou e comandou, basta averiguar quem tirou proveito político dele nos dias que se seguiram. Esta regra é praticamente infalível.

Olavo de Carvalho

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Sociedade

Vazio na abundância

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Eclesiologia Teologia

Rottweiler ou modernista?

Foi só o Papa Bento XVI morrer para os debiloides à esquerda e à direita soltarem suas línguas luciferianas: para uns, trata-se daquele que impediu a caminhada do “espírito do Concílio” em direção a algo que vai muito além do Papa (?) Francisco, para outros trata-se de um modernista, que talvez tenha encontrado alguma misericórdia por ter reconhecido o valor da “Missa Tridentina”. Nem uma coisa, nem a outra, pois como toda grande figura ele era complexo.

Ratzinger Habermas

Certamente foi um dos maiores teólogos das últimas décadas, tendo dialogado, numa encíclica, com Nietzche; corrigido erros com firmeza e doçura (em especial os da Teologia da Libertação e os da “moral da situação” nos anos 80); debatido com Habermas; restaurado o lugar de direito do rito romano tradicional; começado a purgar a Igreja de sua falta de ação com desviados sexuais (pedófilos); e, por fim, ter recolocado o Papado como um servidor da Tradição (de modo que os erros de Bergoglio não me parecem ter futuro). Como pessoa, ele viveu o horror nazista em seu país e, ao mesmo tempo, o imprudente entusiasmo humanista dos anos 60; aprendeu com com a experiência aquilo que elucubrações filosóficas ou teológicas não podem ensinar.

Ontem, já na perspectiva do ocaso de suas vida, o amigo Joathas publicou no FB um texto que me parece acrescentar algo de valioso ao que falei aqui, e com ele encerro essa reflexão (não vou abrir para comentários, como é habitual, porque não estou com paciência para lidar com malucos nessa questão):

Se é preciso defender D. Lefebvre da acusação besta de “protestante”, “modernista de direita” (sic) – o “perenialismo” é o modernismo de direita -, também é necessário defender Bento XVI da acusação que tradicionalistas lhe fazem, de ser “modernista” (sic).

Assim como “protestantismo” é um *teor* e não simplesmente uma “atitude” (de desobediência), o “modernismo” também é um *teor* (fundamentalmente metafísico, de onde derivam as consequências religiosas), e alguém pode fazer conclusões similares aos modernistas por razões distintas do modernismo, ainda que nascidas no mesmo “clima” intelectual.

Para o modernista, as “fórmulas” dogmáticas são símbolos de uma verdade divina “imanente” (sic) – a Divindade como elemento constitutivo do humano é uma nota constitutiva do modernismo -, cuja consciência “evolui” – sendo essa evolução captada pelo “sentimento religioso” [do divino], outra nota constitutiva do modernismo; é por não haver uma Revelação da Transcendência – o agnosticismo do Deus Transcendente é a primeira nota constitutiva do modernismo -, que as fórmulas são contingentes e até descartáveis: elas não se referem a um conteúdo dado por Outrem, sendo úteis apenas na medida em que propiciam a “união” com o divino imanente.

Um teólogo católico pode fazer uma análise da contingência das fórmulas não do ponto de vista do subjetivismo imanentista, mas da fluidez da linguagem e da perda da vigência cultural de uma determinada terminologia, por um lado, e da inesgotabilidade do Mistério Divino revelado, por outro; pode pretender “atualizar” a linguagem em favor do conceito, do dogma, de sua compreensibilidade.

Pode também falar da Fé como “encontro” sem que isto seja expressão de uma gnose sentimentalista, mas simplesmente como contraponto à tendência logicista e juridicista do Catolicismo moderno, como expressão do primado real da Caridade (sem nada negar da primazia cronológica da audição do Evangelho e do aprendizado doutrinal).

Esta perspectiva “existencial” tem seus problemas e limites, mas não por ser “modernista”, e sim por nunca ter sido realmente bem harmonizada com a linguagem da escolástica pré-conciliar. O CVII é uma justaposição de perspectivas, não uma verdadeira integração, daí coisas como o “subsistit in”, a “liberdade religiosa”, etc. e a necessidade da “hermenêutica da continuidade”.

A linguagem existencial pode favorecer o joio modernista, mas em si mesma é a retomada do agostinianismo, e S. Agostinho não era modernista.

De outra parte, a ideia de certo tradicionalismo, de “57 anos de heresia em Roma” (sic) é de abrumar o coração: 4 papas “heréticos” seguidos é algo que, na prática, dá razão ao “eclesiovacantismo”, por um lado, e ao “continuísmo” acrítico, por outro; tal juízo apressado não permite discutir com seriedade o problema concreto do “papa herético” e do neomodernismo que se apresenta de maneira iniludível a partir de Amoris Laetitia.

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Catequese Espiritualidade

Critérios para discernir sobre as revelações privadas

Sempre tive uma certa antipatia pelos “católicos aparicionistas”, isto é, por aqueles que levam mais em conta as revelações privadas, ou supostas revelações, que a Revelação Pública Universal, como explicada pelo Magistério. Isso é claramente um desvio. A postura de quem deixa de meditar nas Escrituras e estudar o catecismo pelas mensagens privadas, na minha experiência de vida, não constrói nada de duradouro, é uma casa com fundações na areia.

Não obstante essa visão, tenho um apreço pelas revelações recebidas por Santa Catarina de Sena e expressas no livro O Diálogo: não sou um cético, ok?!?

Assim, neste momento de obscurecimento das orientações dos pastores da Igreja, cabe a nós, como seres racionais que somos, usar os critérios já estabelecidos pelos séculos de experiência para discernir em cima de possíveis novas revelações e para colocar as antigas “no seu quadrado”. Nesse sentido, vi recentemente um vídeo que já tem mais de um ano do Diogo Rafael Moreira sobre o tema e que me parece ser bem didático e abrangente; por isso, vou postá-lo aqui (a indicação do vídeo não implica, como sempre, no assentimento sobre outros aspectos da visão eclesiológica do autor):

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Apologética Sociedade

Saudações católicas

Quando comecei a ter contato com a antiga TFP, depois com os Arautos do Evangelho e com grupos derivados, em geral ligados ao movimento tradicionalista (Montfort, IBP, etc.), fui apresentado a uma forma de saudação retirada das antigas congregações marianas: “Salve Maria!”. Mais tarde, ao participar dos vicentinos, notei que existe uma outra: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”; essa, que é mais significativa, só vi entre os filhos de São Vicente de Paulo, mas pessoas bem idosas, na casa dos 90 anos (e isso há 20 anos atrás), tinham me dito que ela era, no passado, mais comum e com uma abrangência maior que a das congregações.

Pois bem, um amigo compartilhou no Facebook um trecho de um antigo manual de orações que dá uma pista sobre a  origem dessa segunda saudação (é uma pista e não a origem pois a origem deve ser alguma prática popular, já que nessa época os papas procuravam não inventar coisas), e que só me fez pensar em como ela deveria ser incentivada novamente:

saudação

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Uma noite sem igual