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O nome dos Evangelistas

Seriam os nomes dos Evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João, inventados? Não teriam sido escolhidos para dar autoridade a escritos de outras pessoas? 

Muitos escritores antigos atribuíam suas obras a autores mortos há muito tempo para aumentar o prestígio delas, mas isso não se aplica aos Evangelhos. No primeiro século os autores ainda viviam e eles não eram as pessoas que você escolheria para adicionar prestígio a um documento. Seus nomes podem ser prestigiados hoje, mas na época as coisas eram diferentes.

Marcos e Lucas nem eram apóstolos, mas associados juniores. Marcos foi inicialmente companheiro de Paulo e Barnabé e mais tarde serviu como intérprete de Pedro, e Lucas foi um dos companheiros de viagem de Paulo.

Ambos são mencionados apenas algumas vezes no Novo Testamento, e as menções não são todas boas. Marcos (cujo nome completo era “João Marcos”) abandonou sua primeira viagem missionária (Atos XIII, 13), e Paulo se recusou a levá-lo em uma segunda missão. Isso levou a uma discussão tão acirrada entre Paulo e Barnabé que os dois terminaram sua parceria (Atos XV, 37–40). Marcos finalmente se redimiu (II Timóteo IV, 11), mas seu fracasso inicial permaneceu como uma marca negra.

Embora a reputação de Lucas fosse imaculada, ele é mencionado apenas três vezes (Col. IV, 14; II Tim. IV, 11; Filem. XXIV), tornando-o muito menos proeminente do que outros companheiros paulinos, como Timóteo (vinte e cinco menções), Tito (treze menções) e Silas (doze menções).

O Evangelho de Mateus é o mais judaico, o que faz de Mateus a última pessoa cujo nome lhe daria prestígio. Mateus não era apenas um apóstolo de nível médio (observe sua colocação quando os nomes dos Doze são dados; Mateus X, 2–4, Marcos III, 16–19, Lucas VI, 14–16, Atos I, 13) , ele também era um cobrador de impostos (Mateus IX, 9), e os cobradores de impostos eram odiados pelos judeus, que os viam como colaboradores dos romanos e pecadores (Mateus IX, 11; XVIII, 17).

O único nome importante associado a um Evangelho é João, pois, enquanto filho de Zebedeu, era proeminente (observe sua colocação na lista dos Doze).

Assim, com a possível exceção de João, os nomes dos Evangelistas não são os que se escolheriam para dar autoridade aos Evangelhos.

Traduzido e adaptado de Names of the Evangelists, de Jimmy Akin.

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Apologética Bíblia

Trento aceitou “livros apócrifos”?

PERGUNTA: Li recentemente em um livro protestante que o Concílio de Trento foi contraditório porque aceitou como canônicos alguns livros “apócrifos” – como I e II Macabeus -, porém não aceitou outros – como I e II Esdras. Como vocês respondem a isso?

RESPOSTA: Trento simplesmente reafirmou o cânon histórico da Bíblia depois deste ter sido contestado pelos protestantes. Os mesmos livros que Trento reafirmou foram confirmados por Concílios e Papas anteriores a Trento.

O primeiro Concílio registrado que lidou com o cânon foi o Concílio de Roma, o qual se reuniu em 382 d.C. sob o papa Dâmaso. Concílios [regionais] posteriores, como Hipona (ano 393) e Cartago [III] (ano 397), assim como o Concílio Ecumênico de Florença (ano 1438), reafirmaram o cânon emitido pelo Concílio de Roma.

Em todos esses Concílios, o cânon proclamado incluiu os sete livros deuterocanônicos – I e II Macabeus, Tobias, Judite, Baruque, Sabedoria e Sirácida [Eclesiástico] – e rejeitou I e II Esdras.

Assim, longe de ser contraditório, Trento reafirmou o que a Igreja havia ensinado desde os primeiros séculos.

Fonte: Catholic Answers, This Rock Magazine, 2003; tradução livre: Carlos Martins Nabeto.

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Teoria da conspiração (2): a falsa irmã Lúcia

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Teorias da Conspiração (1): Terraplanismo

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O caso Galileu e a ciência moderna

Tratado com bastante frequência como um “mártir da ciência” pelos currículos escolares, o físico italiano do século XVII Galileu Galilei beneficiou-se em grande medida da benevolência da Igreja Católica em seu célebre julgamento, jamais tendo abandonado a fé cristã, muito menos contestado a autoridade de Roma.

Do mesmo modo, acusado de “pitagorismo”, “platonismo” e uma série de outras coisas inverossímeis por seus detratores modernos, parece que a figura de Galileu continua a despertar paixões violentas e a movimentar a fúria ideológica com que, hoje em dia, todo “debate” costuma ser praticado.

Sobre esse último ponto, também há no vídeo uma crítica à controvérsia que nasceu entre conspiracionistas da internet, passou ao meio neopentecostal e agora cresce entre as “seitas sedevacantistas católicas”, e que se refere ao  formato da Terra (!!!!! – para quem quiser responder aos loucos, aqui vai um livro de mais de 700 páginas tratando do tema) e ao heliocentrismo, como se a perda de um simbolismo antigo fosse resultado de alguma trama maléfica e como se das descobertas modernas novas simbologias não possam ser tiradas. 

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O dever cristão de lutar

O Prof. Antonio Caponnetto é professor da Universidad Nacional de Buenos Aires e autor de inúmeros livros publicados em espanhol. Quando jovem, presenciou ao vivo o martírio de Bruno Genta no dia de Cristo Rei por uma guerrilha marxista. Nesta aula magna (em espanhol), o Prof. Caponnetto disserta sobre o tema de um dos seus mais importantes livros “El deber cristiano de la lucha”.

Adquira a trilogia do Bruno Genta. 

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Saudações católicas

Quando comecei a ter contato com a antiga TFP, depois com os Arautos do Evangelho e com grupos derivados, em geral ligados ao movimento tradicionalista (Montfort, IBP, etc.), fui apresentado a uma forma de saudação retirada das antigas congregações marianas: “Salve Maria!”. Mais tarde, ao participar dos vicentinos, notei que existe uma outra: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”; essa, que é mais significativa, só vi entre os filhos de São Vicente de Paulo, mas pessoas bem idosas, na casa dos 90 anos (e isso há 20 anos atrás), tinham me dito que ela era, no passado, mais comum e com uma abrangência maior que a das congregações.

Pois bem, um amigo compartilhou no Facebook um trecho de um antigo manual de orações que dá uma pista sobre a  origem dessa segunda saudação (é uma pista e não a origem pois a origem deve ser alguma prática popular, já que nessa época os papas procuravam não inventar coisas), e que só me fez pensar em como ela deveria ser incentivada novamente:

saudação

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