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Catequese Espiritualidade

Critérios para discernir sobre as revelações privadas

Sempre tive uma certa antipatia pelos “católicos aparicionistas”, isto é, por aqueles que levam mais em conta as revelações privadas, ou supostas revelações, que a Revelação Pública Universal, como explicada pelo Magistério. Isso é claramente um desvio. A postura de quem deixa de meditar nas Escrituras e estudar o catecismo pelas mensagens privadas, na minha experiência de vida, não constrói nada de duradouro, é uma casa com fundações na areia.

Não obstante essa visão, tenho um apreço pelas revelações recebidas por Santa Catarina de Sena e expressas no livro O Diálogo: não sou um cético, ok?!?

Assim, neste momento de obscurecimento das orientações dos pastores da Igreja, cabe a nós, como seres racionais que somos, usar os critérios já estabelecidos pelos séculos de experiência para discernir em cima de possíveis novas revelações e para colocar as antigas “no seu quadrado”. Nesse sentido, vi recentemente um vídeo que já tem mais de um ano do Diogo Rafael Moreira sobre o tema e que me parece ser bem didático e abrangente; por isso, vou postá-lo aqui (a indicação do vídeo não implica, como sempre, no assentimento sobre outros aspectos da visão eclesiológica do autor):

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Uma noite sem igual

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Espiritualidade História Liturgia Teologia

O levantamento da casula nas elevações: tocando a orla da veste de Cristo

Tradução e adaptação de um texto do Dr. Peter Kwasniewski:

Os que suportam sofrimentos e têm fé em Jesus Cristo querem ser curados por Ele de alguma forma, em algum nível. Nos Evangelhos a maneira óbvia de fazer isso era tocar o Divino Mestre ou ser tocado por Ele. Todos tinham visto que Jesus era poderoso para curar, que a cura “saía Dele” e, portanto, acotovelavam-se e empurravam-se para ver se podiam atrair Sua atenção, entrar em contato com Sua mão ou vestimenta, ou mesmo Sua sombra.

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Espiritualidade

Verdade esquecida: todo santo é um místico

citação2Atenção: todo santo é um místico.

Embora nem todo místico seja um contemplativo “professo”, por assim dizer.

Isto significa que o santo “prático” ou “de ação” – do apostolado, da caridade social ou até da atividade política – tem, dentro desses marcos, uma Caridade singular que o distingue claramente dos meros “homens de ação”, e que expressa inequivocamente, em sua atividade, o Fim transcendente, a ele conduzindo.

Ninguém jamais será santo por ser (apenas) um eficiente homem de ação, ou mesmo alguém muito preocupado com os problemas humanos temporais ou a justiça social, o que se pode ser com os recursos meramente naturais, e com o qual se pode ir tranquilamente ao inferno.

– Joathas Bello

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Catequese Espiritualidade

O que são as virtudes sobrenaturais

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Espiritualidade

Santa Teresa D’Ávila e o segredo da vida espiritual

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O Rosário soa a trombeta do Novo Israel

Tradução e adaptação de um texto do Dr. Peter Kwasniewski:

Se saírdes de vosso país para fazer a guerra contra os inimigos que vos atacam, fareis soar, com estrépido, as trombetas, e o Senhor vosso Deus se lembrará de vós, para vos livrar das mãos dos vossos inimigos. (Números X, 9)

Na tradição judaica, a trombeta, ou o shofar, era tocada para anunciar a lua nova, o novo mês e o novo ano; anunciar a vinda do Senhor (lembremos de como a Festa das Trombetas é celebrada antes do Dia da Expiação); reunir o povo para o Senhor (os judeus até acreditavam que esse seria o mecanismo que convocaria os mortos para virem ao Julgamento Final); e para soar o alarme e começar o ataque (lembremos das histórias sobre os muros de Jericó e as outras batalhas do Antigo Testamento onde a Arca da Aliança foi levada para a batalha).

O livro do Apocalipse nos dá uma palavra sobre a trombeta. Em dois versículos particulares, São João identifica a trombeta com as palavras de um anjo: “Cai em êxtase, no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta” (Apocalipse I, 10); “Depois disto tive uma visão: Uma porta estava aberta no céu, e a voz, aquela primeira voz que eu tinha ouvido, como de trombeta, falava comigo, dizendo: ‘Sobe aqui e mostrar-te-ei as coisas que devem acontecer depois destas'”.

O Apóstolo João, que certamente celebrou a Festa das Trombetas (Rosh Hashanah), entendia que essa festa não podia ser simplesmente abolida, antes deveria encontrar um significado no Evangelho, segundo o princípio: “Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas; não vim para os abolir, mas sim para os cumprir” (Mateus V, 17). As festas deveriam continuar de alguma maneira no tempo da graça. Mas o que corresponderia a essa festa no Novo Testamento, a na Igreja atual?

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Brasil profundo Espiritualidade Oração

Via Sacra do Adoremus

Do começo do século XX até 1970 o Adoremus foi o principal devocionário usado no Nordeste do Brasil. Conheci ao longo da vida inúmeras pessoas, entre elas uma de minhas avós, que, em meio a toda devastação que a Igreja sofreu no pós-concílio, mantiveram a Fé tradicional por causa desse livreto. Assim, folgo em saber que a Editora Domus Aurea prepara uma edição crítica dessa obra (reunindo tudo que se publicou nas edições de 1906, 1929, 1937, 1942 e 1963, e sem a ridícula inovação – Mistérios Luminosos – que a Ecclesiae fez).

Como “tira gosto” do que vem por aí, aproveitando o início da Quaresma, a Domus disponibilizou a Via Sacra do Adoremus, que agora compartilhos com os leitores: