Texto de Joathas Bello postado no FB (como todo texto de outras pessoas, a publicação dele aqui não implica na minha adesão a suas ideias, mas indica que as considero um ponto interessante para reflexão):

Por que entendo que o sedevacantismo não é uma resposta prudente à crise eclesial?
Porque Nosso Senhor é a regra, e ele não destronou Caifás, que sabia ser apóstata (se ele fosse fiel reconheceria o Cristo, por óbvio).
Porque os Apóstolos são a regra, e eles agiram conforme a paciência de Deus: até o dia da ira contra o antigo Templo, eles respeitavam a existência da ordem sacerdotal antiga, sem aderir a seus erros, e já formando a Igreja conforme a nova ordem divina, sabendo que a outra cairia.
Porque S. Paulo teve deferência especial pelo sumo-sacerdote do Templo, mesmo sabendo intimamente que o mesmo não era um homem espiritual, e que ele é quem tinha verdadeira autoridade divina.
Essa é a analogia a ser feita, e não há suposto “consenso teológico” superior à verdade escriturística patenteada.
A diferença é que agora podemos saber, pela Fé na promessa de Cristo, que há uma parte fiel da hierarquia que, contra toda evidência humana, ressuscitará espiritualmente, lutará e prevalecerá. E que um sucessor de Pedro restituirá todas as coisas.
Só se enfrenta uma tirania prudentemente reconhecendo humildemente sua potestade política, apesar de sua falta de autoridade moral, e resistindo corajosamente a tudo que prejudique gravemente o bem comum.
14 replies on “Por que o sedevacantismo não é prudente?”
Ele é capaz de mais, ou não…
Não entendi esse comentário.
Quis dizer que os argumentos são muito fracos.
Entendi.
Já eu achei bem fortes, pois os exemplos de Nosso Senhor e dos Apóstolos estão entre as primeiras coisas que temos de levar em conta na vida eclesial.
Entendo. Quando Nosso Senhor e os Apóstolos reconheceram um herege como papa?
Ir ao templo de uma falsa religião não é algo tão ruim quanto?
Certamente não.
[…] isto, iremos reagir a um texto intitulado Por que o sedevacantismo não é prudente?. Passemos à […]
Argumentos de fato muito fracos e que carecem de um conhecimento diria que básico da eclesiologia.
1) Nosso Senhor Jesus Cristo não veio para confirmar a antiga aliança, mas revogar e instaurar a Nova Aliança. Dessa forma, não faz sentido algum exigir que Nosso Senhor Jesus Cristo se preocupasse com as falsas autoridades da Antiga Lei, mas instituir a Nova Lei através da Santa Igreja e do Papado. Do contrário, Ele que é a Verdade, destruiria o seu próprio Falso Julgamento realizado pelas falsas autoridades, julgamento facilmente anulável pois não respeitava leis básicas da Antiga Lei;
2) Os Apóstolos não respeitavam a antiga lei, parece que o autor do texto não conhece as inúmeras passagens dos Apóstolos (principalmente São Pedro e São Paulo) que trataram sobre isso. Se São Paulo se submeteu, foi apenas como autoridade política, jamais autoridade espiritual, o que chega a ser um insulto a São Paulo como se ele tivesse duas religiões.
Enfim, floreios que apenas demonstram o malabarismo de ir contra o que a Igreja ensina sobre o Papado.
Meu caro, as autoridades do Templo só perdem a autoridade espiritual de fato quando Jesus expira e o véu do Templo se rasga. Contudo a Igreja e o Templo permanecem publica e praticamente indistinguíveis até a destruição de Jerusalém. Os próprios Apóstolos apesar de saberem que os antigos sacerdotes não tinham mais autoridade divina, pois que as ordenanças do Antigo Testamento eram uma sombra, nunca deixaram de respeitar o Templo – e o frequentavam como outros judeus cristãos – e jamais disseram que estavam fundando uma nova religião.
Edmilson Martins, sobre o tema, comentou o seguinte no FB:
Como o blog “Pela Fé Católica” publicou uma reação a este post, vou repassar aqui a resposta que Joathas escreveu no seu Facebook:
“Eles não são chamados à apologética pretensiosa que fazem, em nome de sua vaidade e sem a graça requerida.”
Tem que querer aparecer e se sentir superior… Não precisa disso, ninguém falou mal dele.
Interessante é o rapazinho ficar chateadinho por ser refutado, escrever 234 palavras e usar argumento ad hominem (e já sabemos o significado desse tipo de “argumento”) e mais um outro monte de coisa “sem qualquer discernimento teológico”, mas cita umas coisas bem estranhas sem respaldo em nenhum teólogo.
Enquanto ele quiser igualar, erroneamente, a autoridade papal à do sumo sacerdote do antigo testamento, vai continuar falando isso e cuspindo o orgulho “dos outros” enquanto analisa as “questões sutis e árduas para atender as analogias necessárias” com a sua “graça requerida”.