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Eclesiologia

Indo à Missa na China

Todos sabem do quadro de perseguição que a Igreja sofre na China: muitos mártires e restrições sem fim; isso não pode ser negado ou diminuído. Por outro lado, em tempos recentes, o Vaticano tentou chegar a algum grau de acomodação com as autoridades, iniciativa que foi muito criticada, já que aparentou uma espécie de rendição ao Leviatã chinês; sobre o tema meu pensamento é inconclusivo, pois embora tenha um pé atrás com qualquer coisa feita no “papado” atual, também não posso deixar de notar as semelhanças dos termos da acomodação com outras do passado, em que o poder civil ditava muita coisa na vida da Igreja (vide o padroado do tempo do Brasil império).

No meio desse quadro, ao acompanhar um canal do YouTube de um casal formado por um brasileiro e uma chinesa, achei interessantíssima a experiência que eles tiveram ao ir a uma Missa numa cidade da China. Muitas coisas podem ser aprendidas sobre a situação de parte da Igreja por lá nesse vídeo, mas uma se destaca na minha opinião: a complexidade de uma realidade que não se enquadra nas narrativas que estou acostumado a ouvir.

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Talvez esteja lentamente acontecendo por lá o que, no fim das contas, aconteceu no Vietnã, onde a Igreja e a Liturgia Tradicional têm crescido (em Hanoi há um apostolado da FSSP): uma acomodação da Santa Sé em relação ao governo local que faz com que a Igreja não seja mais vista como um alvo a ser abatido.

Sobre a acomodação talvez esteja ocorrendo mesmo, embora a avaliação de se isso é algo bom ou ruim são outros 500. Agora, no que se refere à liturgia tradicional, o quadro na China é bem complexo, pois, até onde sei, nos anos de separação entre a Igreja oficial e a chamada Associação Patriótica, essa última manteve o rito romano tradicional, enquanto a Igreja nas catacumbas adotou a deforma paulina.

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