Sinais de que a pessoa é escrupulosa
1) Medo de estar cometendo pecados ao fazer coisas que mesmo pessoas devotas não consideram uma ofensa a Deus.
2) Freqüentemente mudar a opinião por razões triviais (ou por nenhuma razão) sobre se algo é pecaminoso ou não.
3) Medo constante ou ansiedade sobre o pecado, sem que se consiga descobrir uma razão exata de tal temor.
4) Medo constante sobre as próprias confissões, mesmo quando um sacerdote plenamente ortodoxo diga que não há nada de errado com elas.
5) Teimar com o padre (ortodoxo) na confissão (pensando que você está certo sobre algo ser pecaminoso e ele errado). Isso leva à busca de diferentes sacerdotes sem que se ouça, realmente, os conselhos e instruções deles.
6) Perguntar repetidamente se um ato é pecaminoso ou não, mesmo o padre já tendo respondido essa pergunta várias vezes.
7) Confessar repetidamente (“só para garantir”) coisas que o padre já explicou como não sendo contrárias à Lei Divina.
Alguns conselhos
1) Considere a escrupulosidade uma doença de que você deve se livrar com a ajuda do diretor espiritual.
2) Peça a Deus auxílio para se livrar dos escrúpulos. Faça uma prece nessa intenção diariamente.
3) Odeie os escrúpulos e atue contra eles. Não alimente pensamentos sobre o que lhe dá escrúpulos.
4) Veja Deus como Bem Supremo e Pai Amoroso.
5) Ofereça as atividades diárias pelo seu avanço em direção à vontade de Deus.
6) Nas preces diárias, agradeça a Deus por todas as coisas maravilhosas que Ele lhe deu: família, amigos, bênçãos temporais, etc. Agradeça a Ele por ser capaz de ir à Missa e receber a Comunhão. Agradeça a Ele por poder se confessar, já que esta é a maneira pela qual Ele nos mostra sua misericórdia e amor.
7) Evite a ociosidade. Quando estiver só faça algo para se distrair e ocupar a mente.
8) Deixe o padre se preocupar com você (afinal, ele foi ordenado para isso).
9) Lembre-se que só com paciência e oração a escrupolisade pode ser vencida.
10) Memorize as seguintes regras:
a. Eu devo odiar meus escrúpulos.
b. Eu posso fazer tudo que as pessoas devotas fazem.
c. Eu não cometi nenhum pecado mortal a não ser que não haja dúvida que ele foi mortal mesmo.
d. Eu só sou obrigado a confessar o que é pecado mortal.
e. Devo aceitar essas regras e seguir os conselhos do sacerdote.
Indo à Confissão
1) Examine sua consciência por não mais que cinco ou dez minutos.
2) Diga ao padre que você é escrupuloso.
3) Não mencione pecados passados, a não ser que você tenha certeza que ele foi mortal e não foi confessado antes.
4) Sempre confie no padre (mas é evidente que nos tempos atuais isso depende de se ter escolhido antes um sacerdote ortodoxo).
5) Nunca confesse um pecado duvidoso (pergunte ao padre se foi pecado ou não).
6) Se o sacerdote lhe diz que algo que você pensou, disse ou fez não é pecado, acredite e não se preocupe mais.
7) Confesse apenas as espécies e o número dos pecados mortais. Se você não sabe o numero exato, dê um aproximado.
8) Se não há pecados mortais a serem confessados, fale apenas sobre um ou dois tipos de pecados veniais cometidos.
9) Aceite o julgamento do padre sobre algo ser ou não pecado.
10) Faça o que o sacerdote recomendar.
Indo à Comunhão
1) Apenas a dúvida sobre ter cometido ou não um pecado mortal não deve lhe afastar da Santa Comunhão.
2) A menos que você tenha certeza de ter cometido um pecado mortal, faça um ato de contrição e comungue.
Finalmente
Deus é infinitamente bom e misericordioso, Ele quer que você Lhe faça companhia no Paraíso. Com a ajuda Dele a escrupolosidade será vencida.
Vá em paz.
77 replies on “Combatendo os escrúpulos”
“1) Apenas a dúvida sobre ter cometido ou não um pecado mortal não deve lhe afastar da Santa Comunhão.
2) A menos que você tenha certeza de ter cometido um pecado mortal, faça um Ato de Contrição e comungue.”
Tendo cometido pecado mortal, o correto a se fazer é procurar um sacerdote e se confessar.
Não se deve receber Nosso Senhor sacramentado tendo a plena consciência de ter cometido pecado mortal, a plena consciência.
Para ser pecado mortal se faz necessário ter essas três características ( Catecismo da Igreja Católica ):
“§1857 – Para que um pecado seja mortal requerem-se três condições ao mesmo tempo: “É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente.”
Agora aqui vai uma observação pessoal, eu aconselho firmemente que todo e qualquer católico tenha o catecismo da igreja católica em sua casa, é de grande ajuda!
Se você supõe que os pontos 1 e 2 destacados são contrários à noção de que ao se cometar um pecado mortal a pessoa deve se confessar e não deve comungar, sugiro que os leia de novo, pois parece que não os entendeu.
Muito bom o post, me ajudou muito.
Eu mudo muito de opinião sobre a gravidade do pecado que cometo, fico horas debruçando sobre ele pra saber se foi mortal ou venial, às vezes acho q não foi nem um nem outro e acabo nem confessando. Mas quando vou fazer um exame de consciência para uma nova confissão, já mudo de opinião e acho q ele foi mortal. Geralmente isso se dá com os pecados cometidos antes da minha conversão.
Agora eu pergunto: Se deixei de confessar um pecado por achar q ele não era mortal mas depois o confesso como se fosse, a minha confissão anterior foi inválida?
Victor, eu acho que você está confundindo a matéria do pecado, isto é, a ação (lato sensu) contra um dos mandamentos, com o pecado em si (que além da matéria tem dois elementos subjetivos, o querer e o saber). Nem toda ação contra um dos mandamentos que é pecado mortal numa situação será pecado mortal em outra, e vice-versa, de modo que não dá para responder sua pergunta sem saber o caso concreto.
Thiago, eu sou bastante ignorante até na catequese básica e por isso tenho dificuldades de me expressar. Eu só leio o blog mas resolvi comentar neste post já que ele também serve para os simples. Bom, vou tentar explicar melhor:
Por exemplo, faço o exame de consciência e analiso minhas refeições, não acho que cometi a gula e acabo não acusando nada na confissão. Passa um tempo e vou confessar novamente e me vem à cabeça que eu exagerei naquelas refeições e agora deveria confessar como se fosse um pecado mortal. Ou seja, sobre a mesma conduta, penso não ter cometido pecado algum e depois acho que tive intenção de pecar mortalmente. É meio confuso mas acontece em diversas situações.
Por isso fiz aquela pergunta, até meio que fugindo do assunto, porque estou com dúvida sobre a validade das minhas confissões já que estou aprendendo a me confessar confessando, e meus exames de consciência talvez não foram feitos corretamente, não sei se devo fazer uma nova confissão geral.
Seu caso é bem clássico. Não se preocupe, nessas condições suas confissões foram válidas sim (só seriam inválidas se você tivesse escondido algum pecado que entendesse como tal).
Valeu Thiago!!!
Exponha suas dúvidas ao seu confessor e obedeça-o.
Vou dar um caso concreto que eu já pratiquei.
No caso de, por exemplo, imprudentemente realizar uma pesquisa indecente na internet (não indecente como uma pornografia explícita, mas algo dito sensual) e, após alguns instantes detido na imagem, tomar consciência do erro e recusá-lo. Isso caracteriza um pecado ou uma tentação?
Pecado, mas não porque você ficou detido na imagem, mas por procurá-la.
E seria mortal ou venial?
Não sei; isso só quem pode dizer é você. A matéria, por ser contra o VI mandamento, é grave, mas isso não basta para caracterizar um pecado mortal. Como você parece não ter se atentado que o simples ato de buscar as tais imagens já seria um ato plenamente contrário ao mandamento citado, meu palpite é que foi venial. Tire a dúvida com seu confessor.
Muito obrigado, Thiago. Foi muito esclarecedor. Vou tirar a dúvida com o sacerdote confessor e estudar mais acerca do pecado mortal.
Deus lhe abençoe.
Os escrúpulos resolveram aparecer em minha alma recentemente e vêm me torturando, infelizmente. Gostei muito do texto e me ajudou em certo ponto. Entretanto não é da noite pro dia que esse meu problema sumirá, reconheço. Portanto, se possível, gostaria de saber acerca da possibilidade de uma confissão ser invalidada por uma frase genérica, por exemplo: substituir “pecado contra a castidade sozinho (masturbação)” por apenas “pecado contra a castidade”. Desde já agradeço.
Sim, isso invalida a Confissão. O sacerdote tem de saber as circunstâncias do seu pecado e a maneira como você transgrediu a lei de Deus para dosar a penitência.
No post eu vi que está escrito que se caso eu cometer um pecado mortal, devo fazer uma contrição e posso voltar a comungar, mas o correto é confessar antes de comungar. Não sei se li direito, talvez eu tenha entendido errado
Sim, entendeu errado. A Igreja exige a confissão antes da Comunhão, mesmo que você tenha feito um ato de contrição perfeita; isso ocorre para haver mais segurança objetiva e, desse modo, se evitar um possível sacrilégio.
“c. Eu não cometi nenhum pecado mortal a não ser que não haja dúvida que ele foi mortal mesmo.”
Olá! Salve Maria!
Thiago, estou tendo grande dificuldade para discernir se uma coisa foi ou não pecado e os confessores de minha cidade não são dos ortodoxos, infelizmente. Confirmando a frase citada acima, não tenho a obrigação de confessá-lo? Mal lembro do ocorrido e isso está me tirando a paz. Agradeço se puder me ajudar.
Na dúvida, confesse, Julia. Você pode confessar pecados veniais também, contanto que do rol de pecados confessados exista pelo menos um que seja mortal.
Contudo, você também não precisa ser tão insegura assim, pois, a não ser que se trate de algo muito incomum, você mesma pode discernir se está diante de um caso de pecado mortal com a simples aplicação dos três elementos necessários para que ele exista. O exame de consciência serve para isso.
Thiago, trata-se de uma possível ocasião de pecado. Já examinei a consciência, mas fiquei em dúvida se em algum momento consenti em algo de alguma forma. Mas agradeço sua atenção e retorno!
O texto diz que se deve confessar apenas espécie e número de pecados mortais. Então eu pergunto: existe alguma lista ou livro que mencione todas as espécies de pecados mortais?
“Espécie” quer dizer contra qual mandamento um determinado pecado vai; pare de procurar listas, use os princípios para fazer um bom exame de consciência.
Esse conceito de “espécie” é muito vago, e um pecado pode violar mais de um mandamento, de acordo com as circunstâncias (que também são sempre referidas de uma forma vaga). Além disso os tratados de teologia moral apresentam uma série de minuciosidades para a confissão, enquanto os exames de consciência apenas mencionam os pecados de uma forma genérica. No exame de consciência cita que se deve confessar: “blasfemei contra Deus”, enquanto no tratado de teologia diz que existem três espécies de blasfêmia que devem ser especificadas na confissão. Um padre diz que basta confessar “tive pensamentos impuros”, outro diz que deve especificar com que tipo de pessoa foram esses pensamentos. É por isso que existem tantos escrupulosos e é por isso que vejo tanta divergência de critério entre os padres sobre o que é suficiente para uma confissão ser considerada bem feita ou não. Peço a Deus que me ilumine para confessar bem, é difícil não ser atormentado com escrúpulos. Que Deus abençoe sua vida e tenha uma feliz Páscoa.
Você só deve confessar os pecados e as circunstâncias que os transformam em mais graves, ou que servem para a diminuição da culpabilidade; o resto é lero-lero. E mais, se você está seguindo a orientação de um padre, a não ser que seja em algo muito claro, qualquer erro é imputado e ele, não a você.
Olá tudo bem gostaria de saber se isto foi um pecado mortal ou não ( se minha confissão foi inválida ou não) aconteceu o seguinte:
1°Em uma de minhas confissões tinha comentado todos os pecados porém quando o padre foi pedir detalhes eu fiquei nervosa (não com raiva mas sim no sentido de medo) e falei que não sabia explicar direito (mentira), me acalmei e falei os detalhes aí ele me absolveu. Perguntei pra ele se foi valida depois explicando o que houve e ele falou que sim.
2° Em uma outra confissão fui falar outro pecado (que havia mostrado a meu irmão séries fora de sua classificação indicativa) e falei ao padre que não tinha coisas como contra castidade (na hora não lembrei), mas depois (ainda dentro do confessionário) lembrei que tinha, mas fiquei com vergonha e não mencionei.
Minhas confissões foram inválidas?
A primeira sim, a segunda não.
Olá, queria tirar uma dúvida. Se em algo que eu estava fazendo eu tinha dúvida se era pecado ou não mas mesmo assim eu fiz, quase que com um pensamento de “amanhã eu me confesso” porem depois eu descubro que aquilo não era algo pecaminoso, ainda sim foi pecado mortal por falta de prudência?
Foi sim, não por falta de prudência, mas porque ao fazer você achava que era pecado e mesmo assim foi em frente, ou seja, queria desobedecer a Deus.
Obg, pelo retorno, só mais uma dúvida, queria realizar a prática do karatê, porém vi que no esporte tem a realização do Mokuso, uma espécie de meditação, em que os praticantes ficam em silêncio, que acontece no início e no fim dos treinos, não consegui uma resposta concreta se seria pecado ou não prática-la, sei que em meditações com finalidades religiosas, seria uma contaminação realizá-las, mas nesse caso se eu fizesse com outro intuito ou ate mesmo fizesse orações mentais nesses momentos, ainda sim seria pecado praticar?
Depende do que se faz e do propósito dessa meditação. Você precisaria explicar melhor sobre ela para eu poder avaliar.
Ok, pelo que vi nessa meditação, ela é utilizada no inicio dos treinos para “esvaziar” a mente de distrações, para melhor absorver os ensinamentos dos treinos, e, utilizada no final para “absorver” o que foi aprendido, o proprio significado de mokuso é algo como “meditação silenciosa” ou algo do tipo, em geral os praticantes se sentam no tatame, as vezes fecham os olhos e ficam controlando a respiração, atendendo aos objetivos que disse no começo. Mas tambem vi que em alguns locais há a crença no “ki” uma especia de “energia cosmica” que pode ser absorvida atravez da respiração e concentração, dai alguns usam pra isso. Porem não sei se nesse caso daria pra separar as coisas, ou ate mesmo mudar o sentido dessa meditação, ou de qualquer forma seria um pecado praticala?
O próprio fato de você reconhecer que em alguns lugares há a crença no “ki” e em outros não já mostra que essa técnica pode ser resignificada. Se ela for usada apenas para concentração, não há problema; no outro caso obviamente que será pecaminosa.
Olá, confessei hoje os pecados que falei numa outra confissão inválida que fiz pois omiti uma informação ao padre. Acontece que na primeira confissão o padre era da teologia da libertação e fiquei com medo de ele não me perdoar, por achar que não era pecado. Enfim… confessei todos esses pecados hoje de novo, porém eu escrevi no exame de consciência que “enganei o padre” mas eu falei que “omiti uma informação que tornou a confissão inválida”. Não falei que “enganei o padre” pois teria que falar que ele era TL (iria acabar falando do erro do padre) e quis evitar isso. Eu deveria ter falado o por que omiti a informação ou eu ter falado só isso já foi suficiente? Estou em dúvida se cometi novamente uma confissão inválida.
Você tem parar de julgar o padre antes de se confessar, não importa se ele é TL, carismático, gay ou bolsonarista, ou seja lá o que for; se ele for padre mesmo, ouvir seus pecados, tiver jurisdição e der a absolvição, termina aí. Aliás, um dos melhores confessores que conheço é da TL. Dito isso, “omitir uma informação que tornou a confissão inválida” e o mesmo que “enganar”, então sua segunda confissão foi válida.
Boa noite queria tirar uma dúvida, tava pensando em comprar uma camiseta de um filme clássico que gosto muito o karate kid dos anos 80, e achei bonita a do kobra kai, porem fiquei na duvida porque o lema deles é “acerte primeiro, acerte forte, sem piedade”, dai fiquei com um pé atras. Eu queria usar por diversão e por gostar do filme, não compactuando com as ações ou com a frase em si. Teria problema em usar?
Acredito que não, mas sempre vai ter quem pode acreditar que isso se trata de sua filosofia de vida, ou seja, você tem de estar preparado para responder a questionamentos. Vale notar que no âmbito da história do filme a frase faz todo sentido.
Olá, eu tenho uma dúvida. Hoje o meu namorado veio me visitar, e eu para cumprimentá-lo dei um abraço nele que durou um tempo pois estavamos com saudades, então enquanto eu o abraçava, começou a despertar um desejo em minha carne, aquele “frio na barriga” e mesmo eu sabendo que era ruim eu tentei ignorar e não pensar em nada, porque eu não tinha intenção de provocá-lo e nem de me colocar na situação de tentação, mas eu continuei pq senti que podia lidar com isso, mas eu logo percebi que tava me provocando e parei. Uma hora depois mais ou menos eu e ele estávamos conversando sobre sexualidade, ja que nós estamos buscando a santidade no namoro nós precisamos conversar o que é certo e o que é errado até dentro do nosso futuro casamento, mas então eu acabei entrando em detalhes de uma coisa íntima, na hora eu não tive a intenção de provocá-lo e sim de aliviá-lo pois ele estava meio ansioso e pensando demais no futuro, momentos depois eu percebi que a minha fala foi desnecessária e me arrependi imediatamente. Foi pecado mortal?
Minha cara, nem pecado foi, que dirá mortal. Os pecados que ocorrem por pensamento não podem ser confundidos com uma mera tentação, só se caracterizam como pecado se você alimentá-los; no primeiro caso você lutou contra, no segundo eu diria que foi uma mera imperfeição, fruto de distração. Fique tranquila.
Praticar, por motivo de saúde, esportes que envolvem contato físico com o sexo posto, contatos esses que não raro despertam reações fisiológicas sensuais ligeiras ou leves sugestões à imaginação, é pecado?
Olá, queria tirar uma duvida. Pesquisei sobre ocasião de pecado, ocasião remota, mas não consegui chegar a uma conclusão clara. No caso fico me perguntando se posso usar a internet, em varios sentidos: jogos, redes sociais, etc. Se há a possibilidade de aparecer algo “imoral”, seria ainda licito usar? Mesmo sabendo que isso se aplica na vida real do tipo, se eu sair na rua também há a possibilidade de aparecer alguém vestido de maneira imodesta, mas não tem como eu deixar de andar na rua. Mas e no caso das redes socias como o youtube e instagram, se estou procurando algo e aparece um comercial errado ou uma foto de perfil imoral. Queria saber como fazer nesses casos, porque por exemplo tem momentos que preciso do instagram para mandar mensagens ou conseguir um contato, assistir aulas, ou ate pra um momento de lazer, assistir algum video, etc.
Não, não é, pois tentação não é pecado. Em certos casos pode ser algo imprudente.
Olá, queria tirar uma dúvida. No caso seria quanto ao uso da internet e outros meios, por exemplo no caso de pesquisar alguma musica pra ouvir num app de musica genérico, geralmente não aparece apenas a musica que a pessoa quer e pode ser que naquele meio apareça uma musica com uma capa que tenha algo imoral, ou se não no app tem anúncios e no meio dos anúncios tem algo imoral (como já me ocorreu). Mesma coisa do youtube, instagram e outras redes socias sempre há aquela possibilidade de procurando algo bom apararecer algo ruim, é exagero “excluir” tudo? Porque se eu sair na rua também terá a possibilidade de aparecer alguém imodesto. Mas em relação a internet como proceder?
Sim, seria exagero, na medida em que se trata de coisas aleatórias (não é como se você estivesse acessando diretamente um site com conteúdo imoral). No mundo virtual você deve aplicar a mesma postura que já tem no mundo real, ou seja, deve se concentrar no que pode lhe proporcionar alguma utilidade para seu trabalho/educação, para a comunicação e para um justo lazer.
Olá, estou em dúvida. Na maioria das vezes que saio da confissão me lembro de um pecado que esqueci, preciso voltar e confessar ele ou levo em conta de que fui absolvida de todos os meus pecados, como o padre me afirma? Em todas as minhas confissões ao final de confessar os pecados que cometi desde a última confissão eu falo de pecados que esqueci, isso é obrigatório ou seria mais como uma ação de humildade dize- los?
Outra pergunta seria de que confessei que falei mal de outras pessoas e não que levantei falso testemunho, preciso confessar novamente e dizer que foi falso testemunho?
Tudo que você, sem intenção de esconder, não confessou, ou confessou de modo errado, deve confessar na próxima vez que se chegar ao sacramento da penitência. Ou seja, após receber a absolvição você estará em estado de graça, mas quando pecar novamente e for se confessar, aí inclui o que esqueceu ou se confundiu (contanto que isso tenha ocorrido sem intenção).
Na dúvida se o pecado foi mortal (seja por matéria ou deliberação), não é necessário confessar e nem se afastar da comunhão, correto? Embora, na próxima confissão, é recomendado tirar a dúvida com o padre.
Em alguns casos, não é possível chegar a uma conclusão se houveram os 3 elementos
Thiago,eu li um negócio sexual (apenas uma frase), e em seguida pensei em uma coisa (meio intrusiva, mas ao mesmo tempo não). É pecado mortal?
Outra coisa é que tenho a sensação de ter feito algo errado (depois disso) mas por me atrapalhar com algo, não consigo lembrar de forma alguma se fiz algo. O que devo fazer diante disso?
Tive alguns pensamentos meio que intrusivos sexuais. Isso me deixou bem agitada mentalmente.
Por causa disso comecei a sentir que tava pecando toda hora por estar agitada e não ter tanto controle da minha mente, fazendo não pensar tão bem nas minhas atitudes. Fui fazer uma outra coisa e fiquei com a sensação de talvez ter cometido algum pecado mortal e não lembrar porque meu cérebro as vezes deleta as coisas ruins quando tô com ansiedade.
Fiz um exame de consciência antes de dormir e não consegui lembrar de nada, mas ainda fiquei ansiosa.
Durante a noite, tive alguns sonhos, eu acordava e voltava a dormir com a sensação de que ao acordar tinha pensado algo muito ruim (talvez de natureza sexual).
E o que aconteceu foi que: uma vez acordei e dessa vez tenho quase certeza que comecei a pensar meio inconsciente em uma cena sexual em minha cabeça, e quando me dei conta continuei pensando sem querer ser algo realmente para satisfazer algo, nem parecia tá pensando realmente em algo sexual, foi mais impulso e parei quando me toquei. Foi coisa de segundos.
Outra coisa foi antes. Não sei se fazia parte do sonho, se eu já havia acordado ou não. Só sei que eu precisava passar perto de alguém em um local apertado e sentia sua região íntima (sem querer) e no momento, sem querer sentir, acabei focando no que estava sentindo e senti um “desejo”, tentei forçar e ficava entre não sentir e sentir, parei para pensar por segundos sem querer sentir e senti algo. E então parei novamente. Acredito que ou eu acordei sentindo culpa, ou no próprio sonho senti culpa.
Não sei o que aconteceu, não faço ideia se foi sonho ou não.
Além disso tudo, sinto que antes havia acontecido outras coisas, tenho pequenas lembranças de antes de voltar a dormir pensar que depois eu teria que lembrar de algo sobre determinada coisa, mas não lembrei de nada ao acordar de novo, só que teria que pensar sobre aquela pessoa, e outros não consigo lembrar de forma alguma.
Realmente tô com a mente bem agitada sem conseguir não pecar. Me confessei há 3 semanas e quando fui aproveitar uma situação essa semana, o padre achou que eu tinha me confessado na semana anterior (talvez achando exagerada) e agora não sei quando irei me confessar novamente por esse motivo. Um padre de outra paróquia é meio inviável para mim.
Mas acontece que tudo isso foi depois de ter me confessado. Eu só não consigo proceder diante do que aconteceu, pois não sei se já tava acordada ou foi coisa da minha cabeça, nem se posso considerar esses pensamentos mesmo que acordada como mortais (os citados)
Se eu não souber sobre meu pecado, posso comungar?
Quando se tem dúvida se estava sonhando ou realmente tava pensando em algo?
e quando se tem muitos pensamentos sexu@is sem ser para satisfazer nada, mas algo mais intrusivo que tenta não pensar aí pensa.
Não sei se meu comentário foi, não consigo vê-lo. Mandei um e-mail mas não sei se irá para você.
Eu estava dormindo e acordei pensando (na verdade não tenho certeza se me acordei, ou se isso fez parte do sonho e achei estar acordada). Pensando sobre eu estar em um lugar apertado e ter que passar perto de alguém, o que eu teria que evitar encostar para não sentir seu órgão genital. Acontece que nisso, entre a luta tentando não fazer isso, eu cedo e encosto, e novamente faço o mesmo (sentindo um pequeno prazer) então refleti sobre a citação e me causou a mesma sensação mas dessa vez pude repreender e parar de vez.
Não sei se o que aconteceu antes (se eu realmente estivesse acordada, já que não sei, e sabendo que conseti pensar nos momentos “encostando” foi pecado mortal.
Quero considerar que ontem passei por algo difícil de escrúpulo e fiquei com a mente bem agitada. E quando pensei nisso depois fiquei pensando que não entendo porque tô pensando nessas coisas se eu queria evitar.
Além disso tenho uma questão que por causa dos meus pensamentos acelerados durante a ansiedade minha mente deleta algumas coisas. E por causa disso depois de ter cometido um pecado, senti que talvez eu tivesse cometido outros mas não lembrava de forma alguma se realmente havia
Fui me confessar depois de 3 semanas de confissão, o padre achou que eu tinha me confessado na semana anterior e me questionou o que eu tava fazendo. Senti meio que ele não gostou… Minha confissão durou 1 minuto, me disse que não era para eu dizer os pecados esquecidos na outra confissão que tavam perdoados, não falei porque se falasse ele percebia… Na verdade só corri para confissão porque foi uma coisa bem fora do comum que aconteceu, e ele disse que não foi pecado mortal.
1 dia depois da confissão me aconteceu uma coisa que eu não sei nem como posso identificar, posso até ter pecado mortalmente, mas não foi uma coisa planejada.
Queria muito me consagrar dia 12, mas não tenho coragem mais de ir no padre, pelo jeito é incomum as pessoas se confessarem com frequência aqui. Não quero ir nele de novo, padre de outra paróquia e inviável para mim, tava tentando com um padre da faculdade e ele não viu minha solicitação de mensagem.
Afinal, é necessário dizer que tipo de pensamento impuro/ pornografia que eu consenti ou não precisa? Por “tipo” eu quero dizer homossexualismo, bestialismo, anal, pedofilia etc. No exame de consciência do padre Paulo Ricardo está falando que precisa falar o tipo de pensamento (não achei nada dele sobre falar o tipo de porn) e o padre Leonardo Wagner diz que não precisa nem falar o tipo de mau pensamento e nem o tipo de vídeo pornográfico, que dizer apenas “vi pornografia na internet” ja cobre todo o conteúdo maluco que tem lá. Se eu não tivesse visto tanta coisa ruim, eu diria tudo. Mas com o tanto de porcaria que já consumi eu tanho medo de fazer o coitado de sacerdote ficar em maus lençóis pq é muito provável de eu falar que eu algo que ele gosta, além de eu ter vergonha e não querer confessar além do que é necessário.
Eduarda, só se peca por pensamento se tal pensamento é alimentado. A mera tentação não é pecado.
Sua segunda pergunta eu não entendi.
Hugo, na dúvida você não deve Comungar e procurar a Confissão.
Dificilmente você terá dúvida quanto à presença dos três elementos em se tratando de um pecado mortal; e se faltar um elemento, nem pecado é, seja venial, seja mortal.
Gabriel, você não precisa dar detalhes, em princípio, pelo motivo que você intuiu, isto é, suscitar tentações no sacerdote. Contudo, se o que você viu é algo que faz o pecado mudar de espécie, aí é necessário que você fale isso, mas sem detalhes. Por exemplo, se você viu pornografia homossexual, você fala isso, porque só assim o padre vai avaliar em quê você é tentado.
O senhor poderia explicar o que é essa espécie/matéria que tanto é dito? Juro que já procurei uma explicação que eu entendesse, mas não consegui compreender. Até fui estudar um pouco de filosofia, aquilo de essência e acidentes e entendi esses dois, mas esse da espécie realmente não compreendo.
“Por causa disso comecei a sentir que tava pecando toda hora por estar agitada e não ter tanto controle da minha mente, fazendo não pensar tão bem nas minhas atitudes. Fui fazer uma outra coisa e fiquei com a sensação de talvez ter cometido algum pecado mortal e não lembrar porque meu cérebro as vezes deleta as coisas ruins quando tô com ansiedade.”
Maria, pensamentos só são pecado caso você os alimente ou dê causa para que eles ocorram.
“Fiz um exame de consciência antes de dormir e não consegui lembrar de nada, mas ainda fiquei ansiosa.”
A ansiedade deve ser trabalhada primeiro, pois ela com certeza está provocando esse escrúpulos super exagerados e, desse modo, impedindo que você faça um exame de consciência correto.
“Durante a noite, tive alguns sonhos, eu acordava e voltava a dormir com a sensação de que ao acordar tinha pensado algo muito ruim (talvez de natureza sexual).”
Sonhos não são pecado; se você tivesse incentivado eles de algum modo, talvez fossem pecado venial.
“Se eu não souber sobre meu pecado, posso comungar?”
Em princípio a resposta é NÃO, pois na dúvida devemos confessar antes de comungar. Contudo, no caso do escrupuloso é prudente consultar um sacerdote antes.
“Além disso tenho uma questão que por causa dos meus pensamentos acelerados durante a ansiedade minha mente deleta algumas coisas. E por causa disso depois de ter cometido um pecado, senti que talvez eu tivesse cometido outros mas não lembrava de forma alguma se realmente havia.”
Seus problemas me parecem mais de ordem psicológica que moral. Sugiro que dê uma lida na parte relativa aos mandamentos de um livro chamado “A Fé Explicada”, publicado pela Editora Quadrante.
Oi. Tudo bem?
Ontem me confessei. Porém, entre a hora que eu tive a ideia de ir confessar e a hora da confissão, foi menos de 1 hora.
Fui na correria e só lembrei do exame de consciência na hora que fui confessar. Só que, como sou escrupuloso, confessei 2 pecados que estavam perturbando minha mente. E de fato desde minha última confissão só tinham esses 2. Só que não lembrei de confessar pecados da época que não era convertido. Seria só escrúpulo ou pequei / minha confissão foi inválida por negligência no exame de consciência (por mais que fui na correria confessar e esqueci)?
Em primeiro lugar, a confissão não deve ser feita com pressa, um tempo mínimo para exame de consciência é necessário, pois de outro modo você não estará levando o sacramento a sério. Além disso, o que você quer dizer com “conversão”? Se for de um tempo anterior ao seu Batismo, então você não precisa confessar nada (poderia como mero exercício espiritual, mas no caso de um escrupuloso isso não é recomendável). Por fim, pecados que não foram confessados por mero esquecimento, não afetam a validade do sacramento; num outro momento em que a pessoa for confessar um pecado atual, aí ela fala dos esquecidos.
Olá, tenho uma dúvida. Aprendi a costurar e parentes pedem para fazer reparos e costurar roupas simples algumas vezes. Ao fazer esses trabalhos em roupas consideradas imodestas eu estaria pecando? No sentido de contribuir com o pecado do próximo?
Uma delas quer que eu corte uma calça e transforme em short para a filha dela (criança).
Seria lícito, visto que busco viver a modéstia na vestimenta e não concordo com esse tipo de roupa?
Gabriel, isso se refere a um acréscimo que se dá na prática pecaminosa. Uma coisa é você transar com sua namorada, outra com sua irmã. Nos dois casos temos um pecado contra a castidade, mas no segundo se soma a ele o incesto.
Thiago, acabei de ler o seu post antigo sobre a questão da pirataria, e li grande parte da discussão que se iniciou nos comentários (muito interessante). Mas fiquei com uma dúvida… entendi quanto a complicação de se o ato infringe um direito natural ou não, e que isso ainda é passível de interpretação. Mas quanto ao aspecto legal… no começo da discussão dizia-se uma coisa e mais ao fim afirmou-se outra em razão de uma mudança na lei… mas tirando o aspecto da primeira questão, seria pecaminoso o ato de adquirir PDF de livros? (fiquei com essa dúvida pendente mesmo com a discussão) Por exemplo, eu não tenho condições de comprar todos os livros que quero… e tenho me interessado profundamente pelo estudo filosófico e lógico… só pra conseguir comprar a Suma teológica e grande parte da patrística seria necessário um bom dinheiro kskssk, dinheiro esse que como um jovem de 16 anos eu não tenho. Como ficaria esse caso?
Olá, queria tirar uma dúvida, gosto de jogos de vídeo game, pois para mim é algo que é um momento de lazer. Mas algumas vezes fico em duvida se é licito jogar certos jogos e como a Igreja não fala muita coisa sobre o assunto eu não consigo solucionar as dúvidas e apenas paro de jogar os jogos. Em resumo, um deles é um jogo de sobrevivência, minecraft, e tem a possibilidade de escolher a roupa do personagem, uma das roupas que deram o nome de “Sari simples” é muito semelhante a roupa que retratam Jesus nas obras de arte (um manto branco com um vermelho por cima). Fiquei na dúvida se ainda poderia jogar esse jogo, pois não sabia se isso foi algo com o intuito de fazer uma “brincadeira” como não sabia eu apenas ignorava, jogava o jogo normalmente.
Olá
Se fui muito geral na declaração do pecado, como “faltei com a verdade em avaliações educacionais”, sem a intenção de esconder coisas coloquei assim porque pensei que estaria certo. Minha confissão foi inválida ?
Recentemente ri de algo que um de dois lutadores que brigavam num restaurante disseram, na hora relatei a situação ao meu cunhado e rirmos da frase, na rua eu sou invicto, mas depois fui refletir e pensei se é errado rir disso, na hora não sei dizer se tive plena consciência disso, digamos não vi como grave e nem pensei que era, apenas relatei, não sei, ainda é difícil para mim discernir.
Olá! Quando criança (9/10 anos) roubei um chiclete em um mercadinho próximo de casa, comprei um chiclete e escondi o outro na mão sem pagar. Por ser de pequeno valor, devo ir lá devolver ou pagar de outra forma? Estou preocupada, pois fico achando que é melhor devolver o valor no local que roubei, mas depois fico com dúvida se é exagero… sem contar minha vergonha por ser algo tão pequeno. Como posso restituir? Apenas devolver em segredo ou entregar pessoalmente falando que roubei tempos atrás? Fico pensando que se eu fizer de um jeito Deus vai se agradar mais, e se fizer de outro não vai ser válido ou menos agradável a Deus, devido minha vergonha.
Não, Celin, você não deve contribuir materialmente com o mal, mas cuidado para não estar considerando imodestas coisas que são apenas para se usar em casa, por exemplo.
Celine, o que você cometeu foi pecado venial (o VII admite parvidade na matéria). Peça perdão a Deus e dê o valor do chiclete de esmola a algum pedinte (você pode poderia devolver no local onde roubou, mas sua imagem ficaria comprometida com isso, então não é necessário).
Raniell, isso não é pecado. Sugiro que compre o livro A Fé Explicada, da editora Quadrante, e estude a parte referente aos mandamentos.
Olá, Thiago! Poderia me ajudar? Fiz uma confissão e acabei omitindo dois pecados e me vejo na dúvida se eram algo grave ou não (em uma situação, seria uma correção incoerente que fiz em momento inoportuno e em público e na outra incentivei minha irmã a dançar com um menino) e por isso a confissão seria inválida.
Boa tarde, Thiago!
Fiz um comentário sobre a mudança de nome de registro de uma pessoa (masculino pra feminino), a grande maioria dos que a conhecem sabem, por ser algo notável. Fiz esse comentário com minha irmã, ao falar o nome da pessoa, é considerado fofoca?
Não, Raíssa, não é fofoca. Compre o livro “A Fé Explicada” e estude a parte sobre os mandamentos.
Raíssa, se você omitiu pecados de maneira proposital, então a Confissão foi inválida. Contudo, nenhum desses dois casos que você citou são pecado (nem mortal, nem venial).
Não, não foi.
Não há relação, sari é uma roupa indiana.
@inspiring, você pode adquirir ou baixar livros em domínio público. Não recomendaria que você fosse atrás da Suma ou da Patrística agora, isso seria inapropriado; para chegar ao último degrau de uma escada você tem de ter subido os anteriores. Há muitas obras no blog “Alexandria Católica” ou no site “Obras Raras” que você pode baixar sem ter nenhum problema de consciência. Pouco a pouco você vai formando sua biblioteca.