Texto do confrade Karlos Guedes:
Requiem æternam dona eis, Domine.
É assim que se inicia a Sagrada Liturgia do rito gregoriano. E é assim que gostaria de iniciar minhas postagens!
Depois que a Santa Igreja comemora todos os Santos de Deus, ou seja, a Igreja Triunfante, ela achou por bem agora comemorar a Igreja que padece. Mui feliz é a figura acima, que orna o folheto do próprio da Missa que preparamos aqui em Recife. Ela nos mostra as almas sedentas por Deus, nosso Senhor, e que, segundo as disposições próprias conseguem exaurir essa aridez na Santa Missa. Claro que toda a Santa Missa obriga a Deus a derramar suas graças de misericórdia (não apenas sobre os irmãos no purgatório, mas em todo o mundo), contudo neste dia de hoje, toda a Sagrada Liturgia eclesiástica se volta a esse fim.
Sim, Senhor, dai-lhes o descanso. Já se cansam em sofrer para espiar as penas temporais devido aos pecados. O Cânon da Missa nos diz como se dará esse alívio: «a todos os que em Cristo repousam, o lugar de refrigério, de luz e de paz, prestai indulgente, deprecamos. Pelo mesmo Cristo Senhor nosso. Amém» (Oração Ipsis, Domine). Rezemos àqueles que repousaram no Cristo, pois os que, infelizmente, não o fizeram não podem receber a úbere misericórdia de nosso Deus.
Portanto, Senhor, prestai a essas almas, a esses nossos irmãos, o lugar de refrigério, luz e paz, que nada mais é que está a vosso lado, na glória celeste, fim a que todos almejamos!
Et lux perpetua luceat eis.