Nessa excelente entrevista em vídeo, o escritor e cientista político Jorge Caldeira fala sobre seu novo livro, Nem Céu, Nem Inferno, e explica por que grandes clássicos da análise do Brasil, como Caio Prado Jr. ou Celso Furtado, já não podem guiar os estudos sobre o país. “O conhecimento progride. Os clássicos não dispunham de informações que novas bases de dados e a antropologia, por exemplo, trouxeram recentemente”, diz Caldeira. “Hoje sabemos quem em 1800 a economia interna brasileira era o dobro da portuguesa. Não podemos continuar repetindo um enredo em que tudo se resume à exploração da colônia pela metrópole.” O escritor ainda se reporta sobre outros mitos esquerdistas, demonstrando, por exemplo, que ao contrário do que se acredita, a grande força produtiva do Brasil colônia não era a escravidão, mas os pequenos produtores independentes. Vale ver e vale ler o livro depois.
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