Notas que fiz ao assistir esse hangout:
- A miséria humana é uma superfície (“o mundo”), em comparação com o fundo da realidade → devemos relativizar a gravidade de nossos problemas;
- A maior parte das pessoas se conhece pouco e, por isso, se apega a imagens parciais sobre si mesmas → quanto mais ignorante uma pessoa, mas ela deprecia os outros;
- Estamos num ambiente de crise de entendimento da vida → isso leva a imaturidade e exasperação emocional (vitimismo) → crescer não é o mesmo que amadurecer;
- Tudo isso é explorado politicamente (“ideologia do ódio”);
- Essas pessoas não alcançam o amor verdadeiro, confundem amor com paixão momentânea → atração erótica adornada por símbolos → culmina num orgasmo momentâneo que culmina num afastamento → duas impressões subjetivas contraditórias, uma causada pela excitação sexual (paraíso), outra pelo refluxo do desejo (tédio) → mas a pessoa com quem se está permanece a mesma; não se gosta do outro, mas de uma impressão que se construiu para si mesmo;
- O amor começa quando se admite que o outro é alguém que existe independente de nós (de nossas impressões, sentimentos) e que tem sua própria vida interior → contemplação amorosa: interesse por conhecer o outro como ele é, sem que nossa imaginação o altere (respeito pela integridade ontológica da outra pessoa) → “o mistério do outro” → podemos conhecer outro ser humano na convivência real, mas não pensá-lo → a pessoal real não a imagem que aparece na nossa cabeça;
- Autocomiseração leva à falta de amor → em geral se tem desejos, fantasias e emoções que simbolizam o amor (fazem parte do amor, mas não são o amor);
- Toda paixão, embora indique o amor, traz consigo seu contrário: medo, cobrança, ódio → a paixão está dentro de nós, se passa na nossa cabeça, não é uma relação verdadeira (“masturbação”);
- Muitas vezes ao tentar corrigir alguém estamos querendo ajustá-la a uma imagem que fazemos dela → isso nunca dá certo → só podemos corrigir se sabemos o que ela pode ser e quer ser (uma esperança que já está dentro dela);
- O primeiro bem é a existência → devemos amar a Deus, nos amar, e aí amar ao próximo (só nos conhecemos através de Deus; só Deus se conhece);
- O sentimento só se refere a nós mesmos, não a realidade → o sentimento não é um bom guia, ele não diz como as coisas são, mas como estamos;
- Devemos superar o sentimento pela percepção, que implica em procurar saber como o outro está → esse é o caminho para o amor, única dimensão verdadeiramente humana (os bichos também têm paixões);
- O amor é a atmosfera na qual existimos (é nossa natureza ontológica), ou seja, só pode ser conhecido, apreendido, por participação (é Deus → “Nele nos movemos, existimos e somos”);
- Amar é perceber que o outro é infinito, é o desejo da eternidade do ser amado (Santo Tomás).
Extraordinário!!! Simples assim.