Uma foto bem interessante que mostra o Padre Leon Dehon, fundador da Congregação Sacerdotal do Sagrado Coração de Jesus (Congregatio Sacerdotorum a Sacro Corde Iesu), também conhecida como Congregação dos Dehonianos, celebrando a Santa Missa no rito gregoriano numa igreja chinesa. De acordo com um antigo privilégio (Breve de 25 de janeiro de 1615 de Paulo V) garantido aos missionários na China, o padre e os acólitos colocavam em suas cabeças chapéus jijin (祭巾, tsikin, tsikim, tsi-kim – literalmente “chapéu do sacrifício”) – quadrados, feitos com brocados de seda e com uma faixa de couro ajustável por um par de laços no canto aberto. O uso desse chapéu resultou do fato de na cultura chinesa descobrir a cabeça ser um sinal de desrespeito e humilhação para com o superior. Se ante o imperador as pessoas cobriam a cabeça, com muito mais propriedade deviam cobri-la na presença de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Até a década de 1920 o uso desse chapéu era muito comum, mas quando a moda ocidental começou a varrer a China ele caiu em desuso (e a Santa Sé, desde o século XIX, já tinha pedido que seu uso não fosse retomado onde tivesse se perdido).
Para saber mais vejam o texto Un pratique liturgique propre à la Chine: Le Tsikin 祭巾 ou bonnet de messe (Bulletin Catholique de Pekin 11 (1924), pp. 376-377, 404-406) e este post de um blog especializado em chapéus eclesiásticos.