O que se discute menos é a polarização da cultura, e as novas câmeras de eco dentro das quais ouvimos e vivenciamos os atuais sucessos culturais. (…) Agora não existe nada tão popular quanto as antigas séries; as únicas partes da cultura compartilhada que chegam perto são eventos esportivos periódicos, vídeos virais e paroxismos ocasionais de indignação política.
Em vez disso, estamos voltando à era cultural que antecedeu o rádio e a televisão, período no qual o entretenimento era fragmentado e sob medida, quando satisfazer um nicho era um imperativo econômico maior do que entreter a sociedade como um todo.
“Estamos de volta ao normal, de certa forma, porque antes de existir o rádio ou a teledifusão, não havia uma cultura compartilhada”, diz Lance Strate, professor de comunicação da Universidade Fordham. “Durante a maior parte da história da civilização, não houve nada como a televisão. Foi um momento realmente ímpar da história ter tantas pessoas assistindo à mesma coisa ao mesmo tempo.”
– Farhad Manjoo (Público na TV se pulveriza cada vez mais – New York Times/Jornal do Commercio, Recife, 27 de janeiro de 2017)
2 respostas em “Estamos de volta ao normal”
Falando em virais, não encontrei a postagem sobre virais, “novas” redes sociais (Twitter, Facebook), etc.
Não transferi para cá (ainda).