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Um leitor pergunta como aprender a acompanhar a Missa Tridentina

Pergunta respondida pelo confrade Cláudio:

Olá, Cláudio Loureiro! No dia 20/10 fui à Missa Tridentina e pretendo voltar em breve, pois não costumo passar os finais de semana em Recife. Gostaria de saber como posso acompanhá-la melhor em latim, percebi que há um caderno distribuído em menor quantidade e queria saber se podes me passar o arquivo para que eu mesmo imprima para tê-lo comigo na próxima vez. 🙂

Bem, a melhor forma de aprender a acompanhar a Missa Tridentina é, sem dúvidas, com a prática da assistência. Existem circulando na internet alguns áudios das orações ordinárias da Missa, mas eu não indico porque americano falando latim é horrível. Para aprender a pronúncia das orações a melhor forma é a assistência mesmo. Não é difícil acompanhar, pois a “coluna” da Missa Tridentina é de sequência quase igual à Missa Nova (entrada, ato penitencial, glória, coleta, etc.). O que existe é a dificuldade atrelada à vergonha, principalmente no início, da pessoa que está principiando a rezar o latim. Vá, reze e não tenha vergonha de errar. Todos que hoje sabem de cor as orações (inclusive eu) erraram quando estavam aprendendo. Para você ter uma ideia, na primeira Missa que eu servi como acólito eu ainda não sabia as orações aos pés do altar totalmente de cor. Outra técnica também (e desta eu usei para decorar as orações aos pés do altar) era copiar várias vezes as orações a próprio punho com o propósito de decorá-las. A segunda é mais rápida.

Quanto ao ordinário da Missa que você pede que eu forneça segue aqui. Nesse link tem a opção de download.

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História da retomada do Rito Gregoriano em Recife até 2012

Desde a reforma litúrgica do final da década de 1960 muitos estudiosos da liturgia e inúmeros fiéis ao redor do mundo lamentaram a perda de elementos que caracterizaram durante séculos o culto prestado ao Criador pela Igreja ocidental e que estão especialmente consolidados na chamada Missa Tridentina, ou melhor, no Rito Gregoriano segundo a sua forma normatizada em Trento.

No nosso país não foi diferente, pois, além do motivo citado, o rito gregoriano é parte integrante da identidade nacional, já que perfez o modo como o Santo Sacrifício foi celebrado pela primeira vez em nossas terras e a maneira como os missionários que penetraram nos sertões levaram os dons do Senhor às almas famintas.

Em nossa arquidiocese, apesar da posição oficial que dizia que tudo estava bem e que a reforma de 1969 tinha sido uma unanimidade, o sentimento de abandono derivado da maneira dirigista e muitas vezes atrapalhada com que ela foi aplicada também se fazia presente. Assim, durante anos, padres de passagem por nossa igreja particular celebraram esporadicamente a Missa segundo a forma tradicional do rito romano para grupos diversos em garagens ou outros edifícios particulares, e sacerdotes locais, como o saudoso Monsenhor José Ayrton Guedes, buscaram maneiras alternativas de atender aos anseios do povo.

Evidentemente, tudo isso era insatisfatório, e, por tal motivo, começou-se, a partir de 1996, a pedir a aplicação local das disposições exaradas pelo Beato João Paulo II (Carta Apostólica Quattuor Abhinc Annos e o Motu Proprio Ecclesia Dei Adflicta) para o cuidado dos católicos ligados ao rito gregoriano. Mas o tempo do Senhor era outro, e só depois de mais de 10 anos, com a ajuda de um amplo abaixo-assinado (que contou com as assinaturas de muitas pessoas satisfeitas com o rito romano moderno, mas que não entendiam o motivo do tesouro litúrgico que santificou as almas durante mais de 1.600 anos ficar relegado às catacumbas) e com o apoio do Cardeal Dario Castrillón Royos (então presidente da Comissão Ecclesia Dei), o Arcebispo D. José Cardoso Sobrinho permitiu as celebrações de um modo estável.

De início, em respeito às condições pastorais de nossa arquidiocese, as missas eram celebradas de um modo “privado”, nas segundas-feiras a noite ou nos sábados pela manhã, pelo Pe. Nildo Leal de Sá, na igreja matriz da paróquia da Imbiribeira ou na de Apipucos. Lá pelo meio de 2006, D. José autorizou as missas aos domingos, mas ainda com um caráter discreto.

Foi promovido em junho 2007 um curso ministrado pelo Pe. Claudiomar, liturgista da Administração Apostólica São João Maria Vianney (encerrado, no dia de São Luiz Gonzaga, com a primeira Missa cantada desde os anos 60), e começou a distribuição de um Ordinário e de um Próprio para povo.

Passaram mais alguns dias, quando, finalmente, o Papa Bento XVI, em 7 de julho de 2007, resolveu olhar com mais cuidado para os direitos dos fiéis que preferem a liturgia tradicional e lançou a Carta Apostólica em forma de Motu Proprio Summorum Pontificum (mais tarde complementada pela Instrução Universae Ecclesiae), dando ampla liberdade às celebrações. Desse modo, iniciou-se o preparo para “missas públicas”.

A primeira delas ocorreu no dia 14 de setembro de 2007, Festa da Exaltação da Santa Cruz, na capela do Seminário de Olinda:

No dia 16 de setembro do mesmo ano, um domingo, foi celebrada outra Missa na Igreja de São Cristovão e São Sebastião, com grande cobertura da mídia (Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco, TV Jornal, TV Tribuna e blogs diversos).

Desse ponto em diante as celebrações se tornaram normais, sempre nos domingos às 11h da manhã, e a preocupação do grupo de fiéis se voltou para a formação teológica das lideranças e um melhor acolhimento do povo.

No ano de 2009, D. Fernando Âreas Rifan, bispo da Administração Apostólica de Campos, celebrou a primeira Missa pontifical cantada desse processo de retomada das celebrações no rito gregoriano, num evento em que inaugurou a gruta de Nossa Senhora de Lourdes na paróquia da Imbiribeira e benzeu o novo sino da igreja. Vale salientar que ele usou o báculo de D. Vital, emprestado por D. José Cardoso.

Com o passar do tempo, tivemos casamentos e batizados na forma tradicional do rito romano, mostrando que os frutos da liberdade concedida pelo Papa Bento XVI também se refletiam na formação de novas famílias.

É digno de nota que além de Missas cantadas periódicas, presenciamos mais uma Missa pontifical, rezada por D. Rifan, no dia 16 de junho de 2010. Esse mesmo bispo, poucos dias depois (19 de junho), celebrou outra Missa na catedral de Garanhuns, como encerramento do primeiro Congresso Summorum Pontificum, no qual contou (a pedido de D. Fernando Guimarães) com a ajuda dos fiéis de Recife, que mesmo debaixo de fortes chuvas (as que inundaram Palmares) se dispuseram a ir até o Agreste.

Durante essa época, além do Pe. Nildo, também celebraram aqui em Recife o Mons. Edvaldo Bezerra, o Pe. Moisés Ferreira de Lima e o Frei José de Arimáteia OFMconv., e inúmeros outros membros do clero (padres e diáconos) e de religiosos leigos participaram das missas, sempre bem acolhidos e com as dúvidas sanadas ao máximo possível.

Infelizmente, na segunda metade de 2010, uma série de transtornos no relacionamento do grupo dos católicos que buscam manter o patrimônio litúrgico da Igreja com o Pe. Nildo desencadeou um processo (destacado em sites de audiência mundial) que levou à transferência da Missa para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares (precisamente no dia 24 de abril de 2011), agora sob a responsabilidade do referido Mons. Edvaldo. Na resolução dos problemas a condução pastoral de nosso atual arcebispo, D. Fernando Saburino, foi decisiva, mostrando que na Arquidiocese de Olinda e Recife todos os católicos ortodoxos são acolhidos sem distinção.

No restante do ano de 2011 os fiéis ligados à liturgia romana tradicional procuram se organizar melhor, promovendo dois cursos sobre o simbolismo das cerimônias da liturgia (apoiados pelo Círculo Católico de Pernambuco), a publicação de novos Próprios e a tentativa de formação de um coral. Para encerrar o ano, uma Missa cantada foi celebrada no Natal com a ajuda de integrantes do coral da UFPE.

O começo do ano de 2012, por sua vez, trouxe muitas novidades. Uma das que se deve destacar foi a da conversão de alguns jovens à fé católica, do meio dos quais saiu o primeiro batismo de adulto no rito gregoriano desde 1969; outra foi a integração de novos casais jovens ao grupo de fiéis; e, por fim, a vinda de mais um sacerdote, o Pe. Expedito Nascimento S.J., para celebrar o Santo Sacrifício.

Eventualmente a Missa também foi celebrada na igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, na da Soledade e na da Ordem Terceira do Carmo.

No entanto, algumas das iniciativas que propostas para alimentar a espiritualidade dos frequentadores não foram efetivadas, como a preparação de um almoço para os moradores de rua durante a Quaresma e uma peregrinação até o Santuário do Sagrado Coração. É bom frisar que nenhuma delas saiu de nosso horizonte, pois sabendo que a Missa é o centro da vida católica, é necessária uma “periferia” composta de atividades individuais (como a oração pessoal) e atividades comunitárias.

Em 2012 tivemos nossa primeira Procissão de Ramos e um aumento das celebrações fora do domingo (como a de Cinzas, a de Finados e a de Nossa Senhora da Conceição).

No final desse ano o Pe. André de Vasconcelos Martins, dada a necessidade do Pe. Expedito ir para o interior do estado, passou a ajudar o Mons. Edvaldo na condução das missas, e, em dezembro, celebrou aquela que foi a primeira Missa cantada de Réquiem em mais de 40 anos na nossa arquidiocese, contando com a contribuição de músicos ligados à UFPE e aos conservatórios da Paraíba e Pernambuco.

Por fim, ainda no término do ano passado, tivemos a grata notícia de que um vocacionado saído do grupo de fiéis recifense recebeu a batina numa cerimônia na Alemanha presidida pelo arcebispo de Vaduz.

Até agora essa foi a caminhada do Coetus Fidelium Olindensis et Recifensis e, para o futuro, além de crescer em número, pretendemos nos integrar melhor e colaborar com outros grupos de nossa igreja particular.

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Liturgia

Manual do Breviário de São Pio X

No “mundo tradicionalista católico” há uma controvérsia sobre quais rubricas do rito gregoriano usar, e isso também se reflete no Ofício Divino. Nesse âmbito, há um pequeno grupo, formado primordialmente por sedevacantistas, que prefere as de São Pio X (o Breviário segundo esse sistema pode ser encontrado aqui), e, para ajudar quem optou por rezar desse modo, vou postar um manual (em inglês) sobre o uso do Ofício com essas regras:

Manual do Breviário de São Pio X

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Liturgia

O culto católico

Uma tradução da obra “O culto católico e suas cerimônias e seus símbolos” do Pe. A. Durand (foi uma indicação do confrade Paulo Vinícius):

Cerimônias e símbolos do rito gregoriano

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Liturgia Pastoral

Dicas para a promoção da liturgia gregoriana nas dioceses

Texto do confrade Higo Felipe:

SL 1No Brasil existem vários grupos profundamente interessados em promover e viver a liturgia gregoriana, segundo o Motu Proprio Summorum Pontificum e a Instrução Universiae Ecclesiae. Porém, por motivos diversos, alguns desses grupos não tem sucesso nessa promoção, o que pode acabar por causar uma desunião e abrir feridas.

Por isso, estou criando um post com a história recente da Liturgia Gregoriana na Arquidiocese de São Luis, bem como algumas dicas que espero que possam ajudar os católicos do Brasil na promoção e manutenção da Forma Extraordinária. Essas dicas são basicamente baseadas na nossa experiência recente na aplicação do Summorum Pontificum em São Luís – MA. Nós temos, graças a Deus, a Missa mensalmente desde o mês de Fevereiro de 2012.

A História

O nosso grupo de fieis teve início como tal no começo de Janeiro de 2012, após alguns grupos de fieis espalhados pela cidade, que já divulgavam entre amigos, familiares, amigos da paróquia, etc, a Liturgia Gregoriana, juntarem forças pelo Bem almejado por todos, a Missa. Feita a união, no dia 18 de Janeiro de 2012, fomos eu mais 4 pessoas falar com o Arcebispo, Dom José Belisário, OFM, sobre o nosso interesse. Após uma conversa tranquila e respeitosa, o Arcebispo mostrou-se amplamente favorável, e permitiu que as Missas fossem celebradas. Após isso, iniciaram os ensaios dos acólitos (um deles, este que vos escreve) e da schola cantorum, para que no mês seguinte, no dia 26 de Fevereiro de 2012, 1° Domingo da Quaresma, tivéssemos a primeira Missa na bela igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo, à qual houve considerável concorrência de fieis:

sl 2 sl3 sl4Dicas

Formação

Um tanto quanto óbvio, mas nunca é demais rememorar: orem, estudem, conversem, reflitam sobre assuntos pertinentes à Igreja e à liturgia gregoriana(o canto, o latim, a modéstia no templo, o véu, etc). É importante que todos estejam ali porque amam a liturgia tridentina, não porque a Missa é em latim ou porque é a Missa antiga.

Oração

A causa da forma extraordinária é sobrenatural. REZEM. “A oração tudo pode” dizia Santa Paula Frassinetti e muitos outros santos afirmaram isto com estas ou outras palavras. “Tudo que pedirdes com fé em oração recebereis” diz o Senhor ( Mt 21, 22) Rezem para que vocês consigam esta graça. Aqui em São Luís, fizemos uma Cruzada de Rosários: eu com algumas pessoas rezamos por 1 mês o Rosário diariamente na intenção da Missa na forma extraordinária. Resultado: antes mesmo do fim da Cruzada, recebemos a autorização do Arcebispo.

Sem polêmicas

Vocês querem a liturgia gregoriana? Então o façam sem discussões desnecessárias; que tudo seja feito na base da conversa e do respeito. Não precisa denegrir ninguém, falar mal de ninguém ou de erros que por ventura existam na celebração da forma ordinária. Deve-se promover a forma extraordinária sem precisar apontar erros ou equívocos na celebração da forma ordinária.

A Liturgia

Certifiquem-se ANTES das Missas começarem que TUDO relativo ao culto já esteja preparado:

1) O padre já conhece bem as rubricas?
2) Missal? Sacras?
3) Há pessoas dispostas a formar um coral?
4) Os acólitos conhecem o rito? É fundamental que os acólitos estejam bem ensaiados. Falo como acólito: as rubricas não são fáceis e ensaios regulares (ao menos uma vez por semana) ajudam muito nisso.
5) Vocês têm os paramentos? Os paramentos necessários são casula (casulas góticas não estão proibidas), alva, manípulo, cíngulo e estola. Caso haja Missas cantadas frequentes, ter uma pluvial de cada cor do tempo litúrgico é importante também.
6) Castiçais (6 é o número ideal), toalhas de altar? (vale ressaltar que no usus antiquor o altar deve ter 3 toalhas).
7) Alfaias? (véu do cálice, véu do tabernáculo, manustérgio, patena da Comunhão, sanguíneo, etc).

Vivência

É importante que haja nos membros do grupo uma sincera e católica vivência eclesial, em nível paroquial/diocesano. Isso dá uma boa visibilidade ao grupo e mostra que vocês não são apenas “alienados saudosistas”, mas católicos de direito e de fato. A prova viva disso é que muitas pessoas vem para as Missas daqui de São Luís por convite de amigos seus da catequese, da música, legião de Maria, Apostolado da Oração, e outros grupos e movimentos.

A procura pelo padre

Falem com os padres respeitosamente. Peçam com naturalidade, e acima de tudo, mostrem que vocês possuem um grupo coeso e dedicado ao que vocês querem. Nunca falem “mal” de um padre para o outro ou mesmo para o povo. Não se deve nunca estimular ou criar animosidade entre as pessoas, sejam padres ou mesmo leigos.

Caso não conheçam padres que saibam celebrar o rito em sua forma extraordinária, peçam que o bispo indique alguém ou, em último caso, vejam algum sacerdote que se identifique com o rito gregoriano e que, mesmo não sabendo tudo ainda, disponha-se a aprender a celebrar nesta forma.

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Liturgia

Uso de missais antigos

Na luta pela restauração do rito gregoriano – e eu sempre gosto de frisar que ele é o rito próprio do Brasil – a falta de missais de altar é um problema sério. Seja por falta de dinheiro para importar novos exemplares, seja por que a turba iconoclasta dos anos 60 e 70 colocou muitos nos lixo, às vezes os grupos brasileiros fiéis à liturgia tradicional se vêem obrigados a usar exemplares bem antigos e gastos, das décadas de 1920, 1930 e 1940. Quando isso ocorre, um problema logo notado é a falta do nome de São José no Canon, mas outro mais sério pode se dar: a falta de missas inteiras formuladas ao longo da primeira metade do século passado. Como resolver isso? Não sei ao certo, mas creio que as orientações contidas nesta resposta que transcreverei da Revista Eclesiástica Brasileira de dezembro de 1951 pode jogar uma luz sobre a questão:

quoteFormulários de missas novas

Numa capela filial, onde só uma ou outra vez por ano se celebra a Santa Missa, o missionário, na festa de Cristo Rei, não encontra no antiquíssimo Missal a nova missa “Dignus est agnus” (há muito desleixo no atinente a inserirem-se nos missais os formulários de novas missas, como nós missionários podemos verificar tantas vezes). O que se deve fazer? Celebrar talvez em paramentos verdes a Missa do domingo, como se não houvesse festa de Cristo Rei? Ou, então, celebrar a Missa do Sagrado Coração de Jesus, como sendo o mistério que se aproxima mais? (Um missionário)

Resposta: Não conheço nenhuma prescrição positiva a esse respeito. Sei que, não havendo a Missa própria de algum Santo, deve-se tomar a “de Communi”. Em casos como este, creio que se deve tomar a Missa dum mistério idêntico. Idênticos são, tratando-se das festas do Senhor: os mistérios do SS. Sacramento, da Paixão, do Preciosíssimo Sangue, do Sagrado Coração de Jesus, da Santa Cruz, do SS. Redentor, de Natal. De todos esses mistérios, para substituir a Missa de Cristo Rei, é certamente preferível tomar a Missa do S. Coração de Jesus, porque de todos os mistérios idênticos este “se aproxima mais”, como diz o consulente. Para dizer uma palavra sobre a negligência com que em certas igrejas, segundo a experiência do missionário, deixam de inserir os ofícios novos, convém lembrar que assim como é necessário para a celebração da Missa o Missal, também é necessário, na medida do possível, que o Missal contenha as missas prescritas. Contudo, no caso mencionado pelo consulente, não ouso criticar o procedimento do encarregado da capela; pois “só uma ou outra vez ao ano se celebra a Missa” na dita capela. Compreende-se, assim, facilmente que não se queira comprar um Missal novo e caro, visto que o antigo também serve, porque as visitas na capela provavelmente são feitas aos domingos e estas missas se encontram também nos missais antigos.

Fr. Aleixo, O.F.M