O seguinte vídeo, do Prof. Marcelo Andrade, é um bom complemento ao de Max Cardoso postado acima:
Categoria: Defesa da vida
A obra citada no vídeo pode ser lida aqui. Também sugiro, como complemento, o Catecismo sobre o aborto.
Um político ou eleitor católico pode apoiar a proibição do aborto se houver uma exceção para gravidezes causadas por estupro, incesto ou risco de vida para a mãe?
Políticos e eleitores católicos não podem apoiar leis que mantenham ou aumentem o acesso ao aborto, mas podem apoiar leis que limitem o aborto, mesmo que essas leis ainda permitam que alguns abortos sejam legais.
Por exemplo, em um país onde o aborto é legal por qualquer motivo, um político católico poderia votar pela proibição do aborto, com exceção de gravidezes causadas por estupro, se ele soubesse que não é politicamente possível aprovar uma proibição total do aborto. O Papa João Paulo II ensinou o seguinte sobre o tema (Evangelium Vitae 73):
Portanto, no caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto ou a eutanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, « nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação com o próprio voto ».
Um particular problema de consciência poder-se-ia pôr nos casos em que o voto parlamentar fosse determinante para favorecer uma lei mais restritiva, isto é, tendente a restringir o número dos abortos autorizados, como alternativa a uma lei mais permissiva já em vigor ou posta a votação. Não são raros tais casos. Sucede, com efeito, que, enquanto, nalgumas partes do mundo, continuam as campanhas para a introdução de leis favoráveis ao aborto, tantas vezes apoiadas por organismos internacionais poderosos, noutras nações, pelo contrário — particularmente naquelas que já fizeram a amarga experiência de tais legislações permissivas —, vão-se manifestando sinais de reconsideração. No caso hipotizado, quando não fosse possível esconjurar ou abrogar completamente uma lei abortista, um deputado, cuja absoluta oposição pessoal ao aborto fosse clara e conhecida de todos, poderia licitamente oferecer o próprio apoio a propostas que visassem limitar os danos de uma tal lei e diminuir os seus efeitos negativos no âmbito da cultura e da moralidade pública. Ao proceder assim, de facto, não se realiza a colaboração ilícita numa lei injusta; mas cumpre-se, antes, uma tentativa legítima e necessária para limitar os seus aspectos iníquos.
Procedimentos usados em abortos
Todo o horror do aborto descrito por quem foi responsável por centenas desses procedimentos e se arrependeu:
Vídeo impressionante de uma refugiada norte-coreana no qual ela conta o tratamento que os deficientes, físicos ou mentais, sofrem no seu país de origem:
Notem como o mundo ocidental, que tinha entre os seus valores (derivado do cristianismo) o cuidado com os mais fracos, se aproxima cada vez mais do “reino comunista”. Um exemplo disso é o que o utilitarismo e o apego à vidinha pequeno burguesa fizeram a uma nação como a islandesa que, por meio do aborto eugênico, condena seus membros com síndrome de down à morte.
Aborto: o sacrifício moderno
Como o circo de horrores em torno da ditadura chinesa parece não ter fim, hoje tomei conhecimento das “vans da morte” existentes nesse país: veículos onde são efetivadas sentenças de execução por meio de injeções letais, sob a justificativa de que assim o ato é mais barato, humano e limpo. Vejam uma animação sobre o tema:
De início, pensei algo do tipo “coisa de comunistas”, “o partido comunista chinês (PCC) é um dos principais problemas deste século”, mas, em pouco tempo, notei como isso não difere do modo como as sociedades no que outrora foi o Ocidente lidam com a morte. A assepsia e distanciamento na maneira como esse momento é tratado tornam as vans do PCC como apenas outra faceta de um decaimento civilizacional que é mundial.
Veja-se, por exemplo, o “turismo de suicídio” que encontramos na Suíça, ou este caso no Canadá, no qual uma senhora de 90 anos, por não querer enfrentar um novo “tranca rua” no asilo em que vivia, pediu à família o suicídio assistido (ela morreu com seus parentes e amigos cantando músicas ao seu redor enquanto um “médico” aplicava uma injeção letal). Nada mais configurado para não atrapalhar a vidinha burguesa que somos levados a valorizar; nada mais configurado para logo esquecermos desse momento e voltarmos à rotina de ganhar e comprar, servindo a Mamon. O sofrimento não cabe na moldura com que se tenta enquadrar a realidade.
Assim, “nosso mundo” não difere muito daquilo que os comunistas chineses criaram e, portanto, não é de admirar que as mazelas permitidas pela Providência nos atinjam por igual.
A Irmã Deirdre Byerne, que também foi médica nas forças armadas americanas, deu um contundente depoimento da convenção republicana deste ano em defesa da vida desde a concepção: