Pergunta: Minha irmã fundamentalista diz que a água benta é uma superstição e não tem apoio na Bíblia. Não consigo encontrar uma passagem para refutá-la.
Resposta: Números V,17 descreve um ritual: “E o sacerdote tomará a água sagrada em um vaso de barro, tirará um pouco do pó do chão do tabernáculo e o lançará na água”. Isto demonstra que a água benta não só possui base bíblica, como também existe desde os dias de Moisés.
A água benta era empregada em numerosas cerimônias do Antigo Testamento que envolviam aspersão e lavagens cerimoniais. Veja o que é falado sobre a água lustral em Números XIX, 9-22. Nosso Senhor usa dessa referência, isto é, da água como instrumento simbólico da purificação espiritual, para ilustrar várias verdades: João IV, 14; XIX, 34; Apocalipse XXI, 6. São Paulo passou à frente tal ensinamento: Hebreus X, 22.
No início do Cristianismo, Santo Alexandre mandou usar o sal na bênção da água.
Essa mistura nos remete ao profeta Eliseu que usou sal na água para torna-la sadia (II Reis II, 12-22). Também nos remete ao Evangelho, no qual o cristão é convidado a ser sal da terra (Mateus V,13).
Na lei de Moisés, aspergia-se o povo com água misturada com a cinza de um bezerro vermelho que imolavam. Essa era a água lustral a que fiz referência. O que as cinzas eram na Lei de Moisés é o sal no Novo Testamento: o sal simboliza a sabedoria e a amargura da penitência.
Hoje não estamos obrigados a realizar as cerimônias mosaicas, porém o fato de ter sido usada água benta prova que não é uma prática supersticiosa nem inválida. O mesmo se diga de seu uso contínuo pela Igreja, que tão somente colocou em prática as ferramentas deixadas pelo Salvador.
Um aprofundamento pode ser encontrado aqui.