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Diferenças no Ofício Parvo segundo as rubricas de São Pio X e as de Trento

Pergunta feita pela leitora Aurora:

Lendo seu post sobre o Saltério de São Pio X fiquei pensando em como isso afetou o Ofício Parvo, nos Salmos e em outros elementos.

Ótima pergunta! 

Graças a Deus as mudanças foram mínimas. Em 62 foram um pouco mais, e na minha visão infelizes. Na verdade, se uma edição de meus sonhos fosse publicada, ela conteria o formato que temos nessa edição da Vozes de 1940 que disponibilizei, somado a alguns anexos enriquecedores (como um sobre as indulgências, um sobre a história e alguma coisa na área musical), algumas melhoras pontuais na tradução e com os elementos que foram perdidos na aplicação da reforma de São Pio X. Facilmente, com algumas notas no fim, uma obra com essa organização poderia se adaptar, a depender do gosto de quem a estive usando, ao sistema de rubricas pianas e joaninas (obviamente com o destaque de que as joaninas é que são normativas).

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Saltério de São Pio X

Em 1911 passou a valer a reforma do Ofício Divino feita por São Pio X (Divino Afflatu – 1910), que, em especial, reorganizou a distribuição dos Salmos, quebrando com a tradição que vinha de São Bento. É esse saltério que é usado pelos sacerdotes e comunidades religiosas tradicionalistas e pelos leigos que cultivam o rito romano histórico (obviamente, existem exceções, como as comunidades que usam o Ofício Monástico).

Vale salientar que o Breviário Romano de São Pio X passou por poucas modificações até 1971 (quase sempre no calendário), quando entrou em vigor a Liturgia das Horas; e que, embora encontrasse fortes motivos para ter sido feita, essa versão do Breviário é alvo de algumas críticas nos nossos dias, que a entendem como a primeira grande intervenção papal na liturgia que talvez tenha passado do razoável.

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Ofício Parvo: comparando salmodias

Sendo um dos tesouros que o Espírito Santo soprou na Igreja, mas que acabou escondido, não é a toa que não só o Ofício Parvo do rito romano seja desconhecido nos nossos dias, mas também as versões dele em outros ritos (e que ajudaram religiosos, oblatos, membros de ordens terceiras e leigos diversos ao longo dos séculos a se santificarem). Assim, visando partilhar mais um pouco das informações que reuni ao longo dos anos, fiz a seguinte tabela comparativa (tive por base um antigo site de Theo Keller, não mais no ar, que fazia o estudo de várias versões do Ofício Divino, e um exemplar do Ofício Parvo Carmelita que tenho em mãos):   

RomanoCarmelitaDominicanoMonástico
MatinasDomingos, segundas e quintas-feiras
8
18
23

Terças e sextas-feiras
44
45
86

Quartas-feiras e sábados
95
96
97
(como no romano)Todo dia
8
18
23
(como no romano)
Laudes92
99
62
Dan. 3
148
(como no romano)(como no romano)(como no romano)
Prima53
84
116
53
116
117
119
120
121
(como no romano)
Terça119
120
121
(como no romano)122
123
124
(como no romano)
Sexta122
123
124
(como no romano)125
126
127
(como no romano)
Nona125
126
127
(como no romano)128
129
130
(como no romano)
Vésperas109
112
121
126
147
(como no romano)(como no romano)(como no romano)
Completas128
129
130
12
42
128
130
131
132
133
(como no romano)

É bom lembrar que a maior parte das diferenças entre essas versões do Ofício Parvo não se dá na Salmodia, mas nas suas outras partes, como as antífonas, os hinos e os versículos e respostas.

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Dia de Santo Tomás

tomásPergunta recebida de um leitor:

Por que o dia de Santo Tomás no calendário atual é em 28 de janeiro se ele morreu em 7 de março (e geralmente o dia de um santo é o da morte dele – e assim era no caso do Aquinate no calendário romano tradicional)?

A transferência ocorreu porque o dia da morte muitas vezes caía na Quaresma (um tempo penitencial). O dia 28 de janeiro foi escolhido pelo fato de ser o dia da transferência das relíquias do Aquinate para Tolouse.

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“Missa Tridentina”: história, doutrina e símbolos

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Os leigos devem rezar o Ofício Divino ou o Rosário?

Tradução de um texto do Dr. Peter Kwasniewski, publicado no One Peter Five:

Talvez esta não seja a sua pergunta, mas é uma pergunta que tenho recebido de muitos católicos quando eles discernem quais formas de oração vocal priorizar em suas vidas. Temos um tempo limitado para nós individualmente e e para nosso círculo familiar, então a questão não é meramente teórica. Espero que minha resposta traga iluminação para a mente, bem como paz interior para a alma em busca de seu bem supremo.

Nos tempos antigos e medievais, os leigos frequentemente participavam do Ofício Divino. Um dos objetivos do movimento litúrgico em sua melhor fase era incentivar o canto das Vésperas nas paróquias e promover a recitação do Ofício entre os fiéis leigos, geralmente em traduções ou adaptações. Nesse projeto, eles foram muito bem-sucedidos. Em muitas paróquias, o canto das Vésperas dominicais era simplesmente considerado normal; visto que os Salmos eram sempre os mesmos, a sequência era logo memorizada. Então, a bomba de nêutrons da “reforma litúrgica” atingiu e, apesar do endosso explícito do Vaticano II ao canto paroquial do Ofício, aquele costume e progresso louváveis ​​foram quase todos eliminados. Lentamente, vamos vendo alguns sinais promissores de que o Ofício pode estar voltando mais uma vez à vida paroquial, mas isso está acontecendo quase que exclusivamente na forma tradicional ou usus antiquior.

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Ordo 2022

Apresento aos leitores, como todos os anos, o Ordo dominical do rito romano tradicional, mais uma extraordinária produção do confrade Karlos Guedes:

Ordo 2022

Ordo 2022 (livreto)