Categorias
Liturgia Nossa Senhora

Comemoração de São José

Comemoração de São José para o Ofício Parvo. Lembro que ela é opcional e que, além do dia designado, os devotos do glorioso Patriarca podem rezá-la quando acharem conveniente.

19 de março
São José, esposo de Nossa Senhora, Confessor

Nas Laudes.

Ant. Ipse Jesus erat incípiens quasi annórum tríginta, ut putabátur, filuis Joseph.

V. Os justi meditábitur sapiéntiam.

R. Et língua ejus loquétur judicium.

Orémus.

Sactíssime Genetrícis tuae spónsi, quáesumus, Dómine, méritis adjuvémur; ut quod possibílitas nostra non óbtinet, ejus nobis intercessióne donétur. Qui vivis et regnas cum Deo Patre, in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sáecula saeculorum. 

R. Amen.

Nas Vésperas.

Ant. Ecce fidélis servus et prudens, quem constítuit Dóminus super famíliam suam. 

V. Glória et divítiae in domo ejus. 

R. Et justítia ejus manet in sáeculum sáeculi.

A oração como nas Laudes.

Ant. Principiava o mesmo Jesus a entrar na idade de quase trinta anos, e era reputado por filho de José.

V. Meditava na sabedoria a boca do justo.

R. Na sua língua proferia o juízo.

Oremos.

Senhor, nós vos rogamos que sejamos ajudados com os merecimentos do esposo de vossa Mãe Santíssima, para que por sua intercessão nos haja de ser concedido o que a nossa possibilidade não alcança. Vós que viveis e renais com Deus Pai, em unidade de Deus Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. 

R. Amém.

Ant. Eis o fiel e prudente servo, ao qual constitui o Senhor sobre a sua família.

V. A glória e as riquezas estão na tua casa.

R. E permanece a sua justiça pelos séculos dos séculos.

Categorias
Liturgia Nossa Senhora

Comemorações no Ofício Parvo

O Ofício Parvo possui uma Comemoração Geral dos Santos nas Laudes e nas Vésperas, que consolida uma história longa de comemorações específicas, e que é obrigatória. Junto a ela, ao longo dos séculos, muitas almas devotas acharam por bem reconhecer e pedir a intercessão dos que concretizaram o Evangelho nas circunstâncias de suas vidas; desse modo, surgiram Comemorações Comuns, Comemorações Particulares e aquilo que chamo de Comemorações Especiais. Todas essas últimas são opcionais, a não ser no caso de alguém estar submetido a uma regra específica que exija certa devoção.

Para apresentar esse tesouro aos leitores, vou publicar uma série de postagens: uma sobre a história da Comemoração Geral dos Santos e outras com o texto de algumas comemorações (isso é utilíssimo frente ao fato de que a maior parte das edições das Horas de Nossa Senhora, nacionais ou estrangeiras, não trazem comemorações). Esses posts não seguirão uma ordem preestabelecida, mas serão ordenados na página sobre o Ofício Parvo.

Os textos das comemorações serão retirados do Devocionário Horas Marianas (edições de 1885 e 2023), que é uma publicação lusitana do Ofício Parvo, e contam com a aprovação eclesiástica do Bispo-Conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, ou da clássica edição da Vozes do Ofício de Nossa Senhora.

Categorias
Bíblia

Promoção imperdível!

Foi lançada a campanha da 2ª edição, pela Editora Realeza, da clássica tradução da Vulgata feita pelo Pe. Matos Soares, a única com a garantia eclesial de não ter erros contra a fé e a moral. Mas essa nova edição não é uma mera reimpressão da anterior, que, por si, já foi um trabalho extraordinário na recuperação desse tesouro perdido; ela prima pelo conforto na leitura!

Nesse intuito, certas modificações, mais do que bem vindas, foram acrescentadas, das quais destaco:

Diagramação aprimorada: Os textos foram diagramados em duas colunas, exceto os textos poéticos, que foram mantidos em uma única coluna. Isso facilita a leitura e a compreensão dos diferentes estilos literários presentes na Bíblia.

Papel creme de alta qualidade: O papel utilizado nesta edição é ainda mais amarelado, proporcionando maior conforto visual durante a leitura e ressaltando o contraste das letras.

Letras ampliadas: As letras foram aumentadas em tamanho para melhorar a legibilidade, especialmente para aqueles com dificuldades visuais.

Índice digital: Esta edição virá com um índice digital que facilita a busca e a localização dos livros da Bíblia, tornando mais simples encontrar passagens específicas rapidamente.

Lombada mais fina: Devido ao número inferior de páginas, a lombada desta edição é mais fina, o que a torna mais compacta e fácil de manusear.

Revisões e correções: Foram realizadas várias revisões no texto da primeira edição, corrigindo alguns erros de digitação e garantindo, desse modo,  a precisão e a fidelidade aos originais do Pe. Matos Soares.

Além disso, a campanha inclui entre as suas opções de compra um combo indispensável para o estudo bíblico, pois inclui obras de comentários aos Salmos e ao Novo Testamento, bem como uma com foco apologético por meio da Sagrada Escritura. Algo que custaria facilmente R$ 1.000 está sendo vendido (nessa etapa da campanha, portanto corram!) por apenas R$ 499, 90.

O site onde os leitores podem adquirir todas essas obras essenciais pode ser acessado aqui.

Categorias
Bíblia

Os ensinamentos no Templo

Um sermão interessantíssimo do Pe. Cardoso, no qual ele dá algumas explicações sobre os ensinamentos de Nosso Senhor com 12 anos no Templo:

Categorias
Política

Você sionista

Você, que é metido a ser sionista sem ser judeu; você, que brinca de ser “cristão” apoiando um Estado que despreza a minoria cristã palestina; você, evangélico idólatra do Estado de Israel, abobalhado em torno de um país radicalmente secularizado, politicamente correto, onde aborto e agenda gay e feminista correm soltos; você, quinta coluna do Brasil segurando a bandeira de uma potência estrangeira que caga mole para o nosso país: se você apoia a política sangrenta de Israel contra Gaza, a demolição de um país inteiro, a expulsão de um milhão de pessoas para as fronteiras do Egito e a matança indiscriminada de civis, você ou é um patife inescrupuloso bem informado ou um idiota muito mal formado.

(…)

Uma certa militância judaica abusa de conceitos como “antissemitismo” e mesmo a memória do Holocausto contra qualquer crítica às políticas ou à retórica do Estado de Israel. Aqui há um processo de pura banalização mesclada com chantagem emocional. Evidente que há pessoas que odeiam os judeus, como há imputações injustas ao Estado de Israel. Mas também há críticas justas e legítimas. Porém, no discurso de uma certa facção sionista fanática, estes critérios não importam. O que importa é a adesão incondicional às políticas de Israel, não importa se são criminosas, imorais ou desumanas. Os judeus fanáticos podem rejubilar-se de pulverizar Gaza, reduzi-lo a escombros, matar o maior número possível de palestinos e como prêmio, até tomar seus territórios. Mas o “nazista”, o “antissemita”, o odiento de judeus é você. Você é a SS em pessoa, por não colaborar com os crimes dos judeus. Um tipo de fanatismo deste naipe, além de irracional, beira o infantilismo das crianças birrentas. Certos judeus criam um profundo abismo com o mundo e culpam a humanidade não-judia pelo fato de ela não servi-los?

– Conde

Categorias
Crise Eclesiologia

Verdades árduas “in conspectu Dei”

Verdades árduas que só podem ser vistas in conspectu Dei:

1) D. Lefebvre estava fundamentalmente certo sobre o sentido da obra do CVII e da reforma litúrgica, e a FSSPX cumpre um papel providencial na história da Igreja.

2) João Paulo II, apesar dos escândalos no diálogo inter-religioso, de afirmações iniciais equívocas sobre a redenção, do otimismo ingênuo sobre a reforma litúrgica, era um homem que buscava servir a Cristo e a Igreja de coração e com um testemunho moral e apostólico corajoso.

3) O intento de “continuidade à luz da Tradição” de Bento XVI era sincero, e sua obra apontou um possível caminho de conversão da Igreja, mas era muito insuficiente; sua renúncia é um mistério a esclarecer.

4) O que existiu de positivo na Igreja oficial ao longo das últimas décadas dependeu muito mais dos carismas particulares de Wojtyla e Ratzinger do que do CVII em si.

5) A Missa Romana “tridentina” é uma instituição da Tradição apostólica, e está infinitamente acima da autoridade do Concílio Vaticano II e sua reforma litúrgica; ela é indestrutível.

6) Paulo VI foi um Papa ambíguo e na média ruim; escreveu boas encíclicas (sobre a contracepção e a Eucaristia), até consertou alguns documentos conciliares que sairiam piores, fez uma Profissão de Fé (Credo do Povo de Deus) correta, mas sua liturgia é uma tragédia e foi negligente no pós-concílio; sua canonização não tem correlato real.

7) O problema do novo rito paulino não são os abusos, mas sua forma ritual oficial, que é precária em si mesma (independentemente de validade e licitude), e causa ocasional dos abusos.

8 ) Amoris Laetitia, Fratelli Tutti, Traditionis Custodes, etc., ou o magistério de Francisco é infinitamente pior que as ambiguidades dos documentos conciliares.

– Joathas Bello

Categorias
Brasil profundo

O eremita da Serra do Caraça

Na segunda metade do século XVIII, um misterioso personagem, conhecido como irmão Lourenço de Nossa Senhora, instalou-se na Serra do Caraça em Minas Gerais, tendo como objetivo a fundação de um eremitério para o fortalecimento da vida religiosa no interior da capitania. Supõe-se que o misterioso religioso, irmão leigo da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, fosse um refugiado político português ligado à famosa Revolta dos Távoras, suposta tentativa de assassinato do rei D. José I de Portugal, reprimida a ferro e fogo (literalmente) pelo Ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o tristemente célebre Marquês de Pombal.

A relação do irmão Lourenço com os Távoras é reforçada por alguns indícios. No seu testamento, Irmão Lourenço se declara natural de onde os Távoras tinham o morgadio de São João da Pesqueira e o simbolismo de sua fundação também é evidente: caraça, segundo dicionários antigos, significa um local onde pessoas eram queimadas. O nome Lourenço remete a um santo que morreu mártir na fogueira.

O certo é que em pouco tempo irmão Lourenço conseguiu edificar um monastério e uma igreja em estilo barroco, concluída em 1779, bem como reunir em torno de si uma comunidade religiosa que chegou a contar com 12 eremitas. Desde então o Caraça tornou-se lugar de peregrinação. Irmão Lourenço morre em 1819, deixando sua fundação em herança ao rei Dom João VI, que entregou as terras e o eremitério à Congregação da Missão (padres lazaristas), cujos primeiros membros – Padres Leandro Rebelo Peixoto e Castro e Antônio Ferreira Viçoso – chegaram ao Brasil em 1820. De imediato, os padres transformam o eremitério em Colégio. Um retrato do Irmão Lourenço, pintado por Mestre Manuel da Costa Ataíde, se encontra no Museu do Caraça.

Uma das coisas que chama minha atenção nessa história é o fato de seu personagem central ser um irmão leigo. Muitas vezes, em especial em épocas de forte clericalismo, esse tipo de vocação, que teve um papel importante na evangelização de nosso país (afinal, os “beatos” e “beatas” que marcaram a paisagem do interior do Brasil são irmãos leigos informais), é esquecida. Sem levar em conta sua existência, que concretamente assumiu várias conformações, é impossível entender as nuances do catolicismo pré-conciliar brasileiro.

Texto adaptado de uma postagem da página A Terra da Santa Cruz do Facebook.

Categorias
Brasil profundo História

Os motivos da descoberta do Brasil