Categoria: Eclesiologia
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Recentemente fui novamente alvo de perguntas sobre a raiz do movimento tradicionalista e se nela não estava embutida uma desobediência crônica. Eu até admito que concretamente a desobediência se tornou o prato do dia de muitos grupos, mas na base do tradicionalismo o que está presente é o questionamento. Questionar não é o mesmo que desobedecer.
Vocação dominicana
Trechos de um vídeo vocacional dominicano de 1964. Quanta diferença do que temos hoje!
Um pouco da vida de trabalho e oração das Irmãs Franciscanas da Maternidade Divina pouco antes da tempestade pós-conciliar.
Eu não sou sedevacantista e nem considero o Varticano II algo necessariamente negativo e causador, em si mesmo, da crise que vivemos, mas, desde os tempos do finado Orkut, sempre procurei compreender o sedevacantismo de uma forma neutra, tomando-o como um fenômeno sociológico-eclesial com que se tem de lidar de maneira adulta e não com uma rejeição preconceituosa. Por isso, escrevi o conhecido Catecismo sobre o sedevacantismo e vez ou outra publico algo relacionado a essa tendência.
Unidade na diversidade
Tenho muitas divergência com o Frei Aloísio Fragoso, um franciscano aqui de Recife ligado à Teologia da Libertação, mas o seguinte texto dele (Jornal do Commercio, 27 de junho de 2010) é primoroso:
Há pessoas que parecem ter nascido para serem amadas e outras admiradas. E, no entanto, no jogo corrente da vida, umas e outras são igualmente necessárias e desempenham um papel insubstituível na coletividade. É o caso de São Pedro e São Paulo, cuja memória festejamos nos próximos dias.
Não fossem a índole destemida e a visão universal de Paulo, sua inteligência e coragem, o cristianismo teria estancado no nascedouro ou teria ficado circunscrito nos estreitos limites da Judeia, Galileia e Samaria. Pedro e os demais apóstolos não eram talhados para levar o nome de Jesus até Roma, Atenas, Tessalônica e outros grandes centros urbanos da época. Por isso, os séculos futuros deram a Paulo o título de “o maior de todos os apóstolos”.
Apesar disso, São Paulo nunca entrou no gosto popular, suas estampas não se acham penduradas nas paredes das casas, suas imagens não se encontram nos oratórios familiares, raríssimas vezes uma comunidade popular o escolhe como seu patrono ou orago.
Publiquei ainda nos templos do Blogger e do Orkut um catecismo sobre o sedevacantismo que resume bem essa querela (até porque é constantemente atualizado com as informações colhidas nos debates do fórum), mas, além da explicação geral que dou nele, a problemática envolvendo essa questão teológica tem pontos que merecem um desenvolvimento específico e fatos que demandam uma atenção particularizada. No que se refere a esse segundo plano, chama a atenção o número crescente de comunidades tradicionalistas que estão adotando a tese da Sé vacante (como são os casos de grupos que eram ligados à FSSPX na Escandinávia e no Reino Unido) desde a subida ao Trono de Pedro do Papa Francisco, o reaquecimento dos debates públicos sobre a tese e, por fim, a mudança de foco dos seus defensores que não alegam mais que o Papa perdeu seu ofício, mas que sequer o atual incumbido dele podia ser eleito.
Sobre tudo isso, o seguinte vídeo do Pe. Cekada, com o american flavor de sempre, apresenta esses últimos desenvolvimentos sob a ótica dos sedevacantistas, perfazendo mais um elemento interessante na reflexão dessa temática:
