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Precisamos de propósito

Nesta live, um dos analistas de geopolítica que mais gosto, o Leonardo Russo, compara a Rússia, a Turquia, Israel e o Irã, países que estão se digladiando no Oriente Médio e Cáucaso, e foca em algo que em geral é esquecido nesse tipo de reflexão: o propósito espiritual que move nações. Embora não seja o tema do vídeo, ele me fez pensar no nosso país, melhor dizendo, na falta de objetivos metafísicos que nos caracteriza na atualidade. Crescimento do pentecostalismo judaizante, baixa taxa de natalidade, Igreja apagada na vida social, política voltada para ganhos do dia a dia, esquecimento da necessidade de planejar o futuro, instituições educacionais tomadas por ideólogos woke, indústria bélica sem ter a atenção devida, rentismo, falta de crescimento e investimentos em infraestrutura, todos esses problemas são um nada quando comparados à falta de um propósito metafísico, pois derivam dele. E para encontrarmos nosso objetivo nessa área, temos de retomar aquilo que nos criou (um extravasamento do espírito cruzado da reconquista ibérica) e, em especial, temos de contribuir para tudo que ajude numa renovação do espírito católico no nosso solo.

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Pentecostalismo e idolatria sionista

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Monarquia Política

Monarquia tradicional

A monarquia tradicional segundo Santo Tomas de Aquino explicada pelo Prof. Nougué:

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Você sionista

Você, que é metido a ser sionista sem ser judeu; você, que brinca de ser “cristão” apoiando um Estado que despreza a minoria cristã palestina; você, evangélico idólatra do Estado de Israel, abobalhado em torno de um país radicalmente secularizado, politicamente correto, onde aborto e agenda gay e feminista correm soltos; você, quinta coluna do Brasil segurando a bandeira de uma potência estrangeira que caga mole para o nosso país: se você apoia a política sangrenta de Israel contra Gaza, a demolição de um país inteiro, a expulsão de um milhão de pessoas para as fronteiras do Egito e a matança indiscriminada de civis, você ou é um patife inescrupuloso bem informado ou um idiota muito mal formado.

(…)

Uma certa militância judaica abusa de conceitos como “antissemitismo” e mesmo a memória do Holocausto contra qualquer crítica às políticas ou à retórica do Estado de Israel. Aqui há um processo de pura banalização mesclada com chantagem emocional. Evidente que há pessoas que odeiam os judeus, como há imputações injustas ao Estado de Israel. Mas também há críticas justas e legítimas. Porém, no discurso de uma certa facção sionista fanática, estes critérios não importam. O que importa é a adesão incondicional às políticas de Israel, não importa se são criminosas, imorais ou desumanas. Os judeus fanáticos podem rejubilar-se de pulverizar Gaza, reduzi-lo a escombros, matar o maior número possível de palestinos e como prêmio, até tomar seus territórios. Mas o “nazista”, o “antissemita”, o odiento de judeus é você. Você é a SS em pessoa, por não colaborar com os crimes dos judeus. Um tipo de fanatismo deste naipe, além de irracional, beira o infantilismo das crianças birrentas. Certos judeus criam um profundo abismo com o mundo e culpam a humanidade não-judia pelo fato de ela não servi-los?

– Conde

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Uma nova contrarrevolução católica está em desenvolvimento na Europa

Tradução de uma reportagem publicada pelo Financial Times no dia 7 de agosto do corrente ano (autor: Jonathan Derbyshire).

Da Itália a Polônia, passando pela Espanha, partidos de direita enfatizam a soberania nacional e valores familiares conservadores

Na semana passada, centenas de milhares de jovens católicos de todo o mundo convergiram para a capital portuguesa, Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude, um encontro religioso internacional que teve lugar pela primeira vez em Roma, em 1986. Num sermão proferido na cidade no dia 3 de agosto, o Papa Francisco lembrou aos presentes que “na Igreja há lugar para todos”.

Mais de 42 mil dos 354 mil peregrinos eram da França (o quarto maior contingente nacional depois de espanhóis, italianos e portugueses). E uma sondagem entre jovens católicos franceses que planeiam viajar para Lisboa, publicada em maio, no jornal religioso La Croix, sugere que poderão não ter sido especialmente receptivos à visão eclesiástica de Francisco.

Embora a frequência à igreja na França continue a atingir níveis que são uma pequena fracção dos observados na década de 1950, a sondagem sugere que os jovens católicos franceses de hoje são altamente observadores das práticas religiosas e ligados às formas mais tradicionais de culto, incluindo a missa em latim. De acordo com o cientista político Yann Raison du Cleuziou, este grupo, que exerce uma influência desproporcional ao seu tamanho (graças às redes sociais e outros efeitos de rede), está no centro do ressurgimento do catolicismo conservador como um força política e também religiosa.

Mas a fusão política da identidade católica com o populismo nativista e “soberanista” que Raison du Cleuziou descreve não é peculiar à França. O sucesso eleitoral de partidos como o Vox, na Espanha, e o Irmãos, de Giorgia Meloni na Itália (o maior partido da coligação no poder), dão outro testemunho disso.

Os resultados da pesquisa francesa apontam para uma concepção da relação entre autoridade religiosa e poder político temporal em desacordo com o que o próprio Francisco identificou como um “secularismo saudável” no qual “Deus e César permanecem distintos, mas não opostos”. Na sondagem do La Croix, 59 por cento veem a Igreja como um “farol que mostra o caminho através da escuridão” da modernidade secular.

Raison du Cleuziou argumenta que a noção de que os políticos democráticos não têm o direito de interferir na “ordem natural” das coisas é central para a “contrarrevolução católica” contemporânea. E para ele as origens deste revanchismo na França residem no movimento Manif pour tous (“Demonstração para todos”) que, em 2012-14, levou milhares de pessoas às ruas para protestar contra o casamento gay.

Na Itália, os protestos do “dia da família” contra o casamento igualitário mobilizaram centenas de milhares de pessoas em Roma em 2016. Este ano, o governo de Meloni instruiu os presidentes das cidades a não emitirem certidões de nascimento que reconheçam casais do mesmo sexo como pais legais das crianças.

Em 2016, uma das ramificações do Manif pour tous, um grupo chamado Sens Commun, desempenhou um papel fundamental na nomeação do candidato a presidência francesa François Fillon. Exibindo sua própria fé, Fillon, cuja campanha mais tarde fracassou em meio a um escândalo financeiro, fez uma apresentação bem-sucedida do que os cientistas sociais Hervé Le Bras e Emmanuel Todd chamaram de forma memorável de “catolicismo zumbi” – um “agente estruturador na educação e na política” que continua a exercer influência apesar do dramático declínio da religião na sua “dimensão ritual”.

Da mesma forma, as incursões eleitorais do Vox na Espanha — que continuam a ser significativas a nível regional e municipal, apesar do desempenho decepcionante do partido nas eleições parlamentares de julho — não podem ser devidamente compreendidas sem prestar atenção ao aspecto religioso (especificamente católico).

Quando o Vox entrou pela primeira vez no Parlamento Europeu em 2019, por exemplo, não aderiu ao grupo Identidade e Democracia, ao qual pertencem o Rassemblement National, de extrema-direita, na França, e a Liga, na Itália. Em vez disso, juntou-se aos Irmãos da Itália no bloco Conservadores e Reformistas Europeus (CRE), ao lado do partido católico-nacionalista Lei e Justiça, no poder na Polônia.

A declaração de princípios e valores do CRE inclui um compromisso com a “importância da família” e com a “integridade soberana do Estado-nação, a oposição ao federalismo da UE e um respeito renovado pela verdadeira subsidiariedade”.

Os estudantes interessados na história política europeia do século XX notarão aqui uma rica ironia. A “subsidiariedade” – a ideia de que o poder deveria vir de baixo, das autoridades locais para as regionais, e daí para cima, para organizações supranacionais – foi um dos valores-chave da Democracia Cristã do pós-guerra. E esta foi uma ideologia política que procurou reconciliar o cristianismo (particularmente o catolicismo) com a democracia liberal, e não se opôs a ela, e que fez mais do que qualquer outra para moldar o projeto de integração europeia que os identitários católicos agora anatematizam.

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Lição para o rei

“Le silence des peuples est la leçon des rois.”

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Brasil da corrupção e do crime organizado