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Espiritualidade

Um dia apareceu a bondade de Deus

(Ícone etíope)

“Mas um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens.” Tito III, 4

Feliz Natal a todos os leitores do blog e confrades do fórum!

Mensagem de Natal do Pe. Francisco Faus:

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Eventos

Programação de fim de ano

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Ciência Filosofia

O Big Bang é contrário ao criacionismo?

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Brasil profundo Política

Precisamos de propósito

Nesta live, um dos analistas de geopolítica que mais gosto, o Leonardo Russo, compara a Rússia, a Turquia, Israel e o Irã, países que estão se digladiando no Oriente Médio e Cáucaso, e foca em algo que em geral é esquecido nesse tipo de reflexão: o propósito espiritual que move nações. Embora não seja o tema do vídeo, ele me fez pensar no nosso país, melhor dizendo, na falta de objetivos metafísicos que nos caracteriza na atualidade. Crescimento do pentecostalismo judaizante, baixa taxa de natalidade, Igreja apagada na vida social, política voltada para ganhos do dia a dia, esquecimento da necessidade de planejar o futuro, instituições educacionais tomadas por ideólogos woke, indústria bélica sem ter a atenção devida, rentismo, falta de crescimento e investimentos em infraestrutura, todos esses problemas são um nada quando comparados à falta de um propósito metafísico, pois derivam dele. E para encontrarmos nosso objetivo nessa área, temos de retomar aquilo que nos criou (um extravasamento do espírito cruzado da reconquista ibérica) e, em especial, temos de contribuir para tudo que ajude numa renovação do espírito católico no nosso solo.

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Santos Teologia

A devoção a São José suplantou a devoção a São João Batista?

Texto de Peter Kwasniewski:

Detalhe de uma pintura na National Gallery of Art, Washington DC, EUA (foto do Pe. Lawrence Lew, OP; fonte)

Hoje em dia, seria justo dizer que a opinião comum entre os católicos é que São José é o maior santo depois da Santíssima Virgem Maria. Quando se torna aparente, após estudo, que, na história da Igreja, tanto oriental quanto ocidental, a devoção a São João Batista excedeu vastamente, quase infinitamente, a devoção a São José até os tempos modernos, e que liturgicamente ele ainda tem um papel muito maior — é mencionado nove vezes em cada celebração do rito romano clássico1 comparado a zero ou uma menção a São José2, e ele tem, pelo menos no calendário tradicional, mais dias festivos, assim como os Arcanjos — desenvolve-se um desejo ardente de entender por que tanta ênfase foi colocada em São João Batista e relativamente pouca em São José?

E, primeiro lugar, pode-se notar que a inserção de São José na primeira lista de santos do Cânon Romano por João XXIII em 1962 é problemática por várias razões3. De um ponto de vista textual, isso perturba a harmonia do Cânon, pois ambas as listas de santos já tinham um “líder”, a saber, Nossa Senhora na primeira lista e o Batista na segunda lista, seguidos por dois grupos iguais — uma simetria desfeita pela adição de São José; e ele é o único na primeira lista a quem o martírio não é atribuído. É bem verdade que há dois nessa lista que não são mártires “vermelhos”, a saber, Nossa Senhora e São João Evangelista. No entanto, Nossa Senhora é considerada como tendo sofrido uma morte espiritual durante a Paixão que foi maior do que qualquer martírio físico4; e São João foi fervido em um caldeirão no Portão Latino, mas escapou ileso, então ele também é considerado como tendo dado um testemunho de mártir5.

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Catequese

Turma da catequese de 2024

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Apologética Contrarrevolução Nossa Senhora

O caráter contrarrevolucionário da Imaculada Conceição

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, ao ler uma biografia de D. Bosco, comenta sobre o pontificado de Pio IX e a proclamação do dogma da Imaculada Conceição (“Santo do dia”, 15 de junho de 1973). Uma transcrição desse áudio pode ser encontrada aqui.

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Bíblia

Da mitologização do Gênesis

Na “mitologização” do Gênesis feita na teologia contemporânea, há um eco do modernismo e da teologia protestante liberal, que negam a intervenção do sobrenatural (reduzindo a Religião a uma espiritualidade genérica e palatável ao “homem moderno”), e identificam a realidade criada ao aferível pelo método científico moderno.

Os hagiógrafos não eram homens sem Espírito, eles “viam” muito além de um pensamento racional-fantástico coroado por uma vaga “inspiração” monoteísta (criacionista) de caráter “poético” (com um “sentimento religioso” peculiar).

O Gênesis se reveste das imagens dos mitos antigos porque são relatos que se dirigem primordialmente a homens antigos, porque são as imagens de que dispõe o hagiógrafo: ele é, como os santos, simultaneamente um homem da Eternidade e um “homem do seu tempo”; mas ele discerne as imagens a utilizar, bem como sua ordem, para comunicar uma realidade (a história da formação do cosmos e do homem) verdadeira, e não mera alegoria de vago sentido teológico-metafísico.

Se há erro interpretativo de índole científica em alguns Padres e Doutores (que acorriam às filosofias segundas antigas), isto não significa que seja verdade apenas uma teologia metafísica vaga (distinta daquelas do politeísmo e do panteísmo), senão que há verdades cosmológicas reveladas além de certas metodologias científicas; verdades às quais a inteligência inspirada alude com as imagens comuns aos mitos, e cujo conteúdo real pode ser vislumbrado, por exemplo, na tese “alterista” e em certos elementos da “cosmologia tradicional” (sic).

Joathas Bello

OBS: O alterismo é a tese que afirma que a natureza do mundo era diferente antes do pecado original