Para quem estuda a “engenharia da santidade”, a vida de Santo Agostinho é uma oportunidade extraordinária de conhecer o processo através do qual um pecador se transformou num dos maiores santos da história da Igreja.
Ano: 2018
Ofício Parvo, edição de 1959
Acabei de publicar na página do Ofício Parvo mais uma digitalização do mesmo, agora segundo uma edição de 1959. Percebam a atualização no português em relação à edição anterior (muito boa e poética) e as diferenças de rubricas que acompanham as modificações no Breviário Romano (na parte relativa à estrutura desse Ofício, já sistematizei as diferenças).
STF versus Brasil
Nesta aula, Padre Paulo Ricardo põe às claras o “circo” que querem montar para descriminalizar o aborto no Brasil. Saiba que argumentos falaciosos estão sendo usados para dar um golpe fatal, não somente nas crianças que serão abortadas, mas na própria democracia de nosso país.
Tudo isso faz da questão do aborto um dos principais pontos que os católicos devem levar em conta na hora de votar neste ano. Se o candidato não se mostrar com coragem para ir contra as tentativas de liberalizar o aborto, não vote nele.
O erro cometido pelo Papa Francisco na nova redação do catecismo de João Paulo II faz eco e joga mais gasolina numa outra discussão, a da afirmação da liberdade religiosa como um direito humano. Uma boa síntese do status quaestionis e das repercussões do novo texto poder lida aqui.
Não sou a favor da pena de morte para o Brasil de hoje, mas a validade dela como possibilidade abstrata é algo que não pode ser negado por um católico. Daí o mal estar gerado pela recente modificação que o Papa Francisco fez no catecismo de João Paulo II; modificação que tem valor zero. Assim, nesse ambiente de argumentos “nutela” que se instalou no seio da Igreja, nada melhor do que reler a obra de um douto sacerdote que defende a pena capital em concreto, mas que, no meio da argumentação, circunstancial por natureza, apresenta os princípios perenes em torno do tema:
O profetismo da Humane Vitae
Quando, em 1968, o Papa Paulo VI publicou a corajosa encíclica Humanae Vitae, a reação ao documento foi inaudita: teólogos, jornalistas, padres, religiosas, bispos e até conferências episcopais inteiras protestaram e, do púlpito das igrejas, incentivaram os fiéis à dissensão.
Mas o que estaria por trás de toda essa guerra contra a encíclica do Papa Paulo VI?
O caráter profético dela é a causa de toda essa má recepção. Por caráter profético, entende-se o fato do documento relembrar o que Deus espera de nós e mostrar como estamos nos desviando do caminho traçado pelo Senhor. Então, num mundo antropocêntrico, a Humanae Vitae se tornou a “pedra de tropeço” de todos aqueles que dissentiam e dissentem da proposta de vida do Evangelho.
Sempre e por toda a parte, desde há mil e oitocentos anos, quando o Cristianismo desfalece, os costumes públicos e privados degradam-se. Na Itália, durante a Renascença, na Inglaterra, sob a Restauração, em França, durante a Convenção e o Directório, viu-se o homem tornar-se pagão como nos primeiros séculos. Achava-se como no tempo de Augusto ou de Tibério, voluptuoso e duro. Abusava dos outros e de si próprio. O egoísmo brutal e calculista tomara o ascendente. Faziam estendal a crueldade e a sensualidade. A sociedade convertia-se numa Falperra e em lugar suspeito.
– Hippolyte Taine, citado por Jacques Ploncard d’Assac em Três Estudos Políticos, 1956.