Ano: 2018
Tradução e adaptação de artigo publicado no New Liturgical Movement.
Para mim, e acho que para a maior parte dos tradicionalistas, é uma obviedade a proximidade espiritual entre a Divina Liturgia no rito bizantino e a Missa Romana tradicional, assim como também o é a distância que o Novus Ordo mantém da herança comum das duas formas litúrgicas citadas.
Contudo, às vezes encontramos católicos bizantinos que são levados pelas similaridades superficiais entre o rito bizantino e o Novus Ordo (por exemplo, a de que eles são celebrados geralmente em língua vernácula e em tom audível) e pelas diferenças marcantes entre a liturgia bizantina e o rito romano tradicional (por exemplo, a de que temos um silêncio muito maior no último e de que, aparentemente, as pessoas têm um papel mais “ativo” no primeiro), e acabam defendendo a ideia de que a Divina Liturgia é mais próxima espiritualmente do rito paulino e que, se tiverem de optar, o usus recensior será escolhido sobre o usus antiquior. Por outro lado, os protagonistas e apologistas da “reforma litúrgica romana” muitas vezes fingem ser admiradores da tradição oriental e gostam de apontar as muitas características aparentemente “orientais” da liturgia paulina.
Se é verdade, ao contrário do que acham essas pessoas, que a liturgia bizantina e a liturgia latina tradicional têm muito mais em comum entre si que com o Novus Ordo, temos que apontar isso com precisão. Assim, proponho a análise dos seguintes princípios:
- O princípio da Tradição;
- O princípio do mistério;
- O princípio da linguagem elevada;
- O princípio da integridade ritual ou estabilidade;
- O princípio da densidade;
- O princípio da preparação adequada e repetida;
- O princípio da veracidade;
- O princípio da hierarquia;
- O princípio do paralelismo;
- O princípio da separação.
Uma reflexão sobre a mansidão e a paciência como virtudes.
O Direito de Matar
Texto de Vilma Gryzinski (Veja, 9 de maio de 2018):
“Meu gladiador baixou o escudo e criou asas”. Dificilmente alguém terá feito um epitáfio mais comovente, ainda mais sendo um pai de apenas 21 anos que acabou de perder seu filhinho. A história do pequeno Alfie, que morreu antes de completar 2 anos, é espantosa. Vitimado por uma doença cerebral nunca exatamente diagnosticada, ele foi condenado à morte pela mão implacável do Estado. Os médicos mandaram desligar os aparelhos. A Justiça negou os recursos dos pais para levá-lo ao hospital do Vaticano oferecido pelo Papa Francisco. Ir para casa, passar as últimas horas com a família? Nem pensar.
Estrutura do Ofício Parvo
Dando continuidade à série de postagens sobre o Ofício Parvo, vou agora apresentar uma sistematização da organização dele:
Ofícios:
Existem três Ofícios:
- O Primeiro, recitado a partir das Matinas do dia 3 de fevereiro até as Vésperas do sábado antes do 1° Domingo do Advento exclusive, com exceção da festa da Anunciação da Santíssima Virgem, na qual se reza o Ofício do Advento;
- O Segundo, recitado desde as Vésperas do sábado anterior ao 1° Domingo do Advento até as Vésperas do Natal, exclusivamente, e nas Vésperas da festa da Anunciação de Nossa Senhora;
- O Terceiro, reza-se desde as Vésperas da Vigília do Natal até as Completas do dia 2 de fevereiro inclusive.
Outras pequenas variações que seguem os tempos litúrgicos da Igreja, como o Pascal, são incluídas no Primeiro Ofício.
Quem não tem fé, não ama!
É opinião comum que não importa no que as pessoas creem: o importante é o amor.
Mas na “engenharia da santidade” as coisas não são bem assim. Neste mundo, a fé pode existir numa alma que esteja em pecado mortal e que, portanto, tenha perdido o amor-caridade. Mas jamais poderá haver uma só migalha de caridade numa alma que não tenha fé.